segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Musculação e Alimentação Ajudam no Aumento da Massa Muscular

Nosso corpo é formado por massa gorda, massa óssea, massa muscular e massa residual, sendo que neste último componente estão incluídos os diversos órgãos do corpo e a pele. Uma das formas de ganhar massa magra é praticar exercícios físicos. O mais eficiente é o Treinamento Resistido (Musculação). Para termos bons resultados, é necessário muita disciplina nos treinos, seguindo todas as orientações do Educador Físico responsável pela montagem do seu treino. Mas, lembre-se que é no Descanso entre os treinos que seu músculo “cresce”. Portanto nada de montar sua própria ficha e treinar os mesmos grupos musculares todos os dias, pensando em obter ganhos mais rápidos! O efeito poderá ser o contrário, você  perder massa magra e ainda entrar em um estado de Overtraining.
Para conseguir um bom resultado, você tem que aliar Musculação a uma alimentação balanceada e bem específica. Para aumentar o volume da musculatura o organismo precisa de mais energia, por isso para ganhar massa magra à dieta é normalmente hipercalórica.
A primeira dica é não ficar muito tempo sem comer. De preferência a cada três horas. A dieta deve priorizar carboidratos que vão dar a energia para os treinos e as proteínas que vão ajudar a dar volume ao músculo. A nutricionista Cláudia Berton Novais afirma também que é importante comer antes e depois dos treinos.

Referências

PITANGA, F. J. G. Testes, Medidas e Avaliação em Educação Física e Esportes. 3 ed. São Paulo: Phote, 2004.
Portal amazônia.com
WILMORE, J. H.; COSTILL, D. L. Fisiologia do Esporte e do Exercício. Tradução Drº Marcos Ikeda. 2 ed. São Paulo: Manole, 2001.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Identifique o estilo de sua pisada e descubra o calçado ideal para o seu conforto


Conhecer o tipo de sua pisada pode ser um primeiro passo para render mais nos exercícios físicos e evitar lesões

Já parou para pensar que o jeito com que você pisa influencia diretamente a sua disposição e o seu rendimento em tarefas cotidianas ou ainda em práticas esportivas? O gerente da Academia Alternativa, de Porto Alegre, Rodrigo Dias, explica que o estilo da pisada pode ter influência também na nossa saúde e que é preciso estar atento a qualquer desconforto.

— A pisada poderá influenciar com maior frequência o atleta corredor, por este estar mais propício à lesão pelo alto nível e intensidade de treinamento. Mas, não só o atleta, como também pessoas que não praticam atividades físicas podem ter desconforto na sua pisada — alerta.

Para evitar que a sua pisada possa trazer problemas de saúde, Dias dá alguns conselhos.

— É essencial que, além da escolha correta do calçado, seja trabalhado um reforço muscular específico com um educador físico e também seja feito um acompanhamento com um Ortopedista — esclarece.

Segundo Dias, é essencial conhecer a sua pisada para que você compre o tipo ideal de calçado para o seu pé.

— O tipo de pisada poderá influenciar na escolha do calçado, pois não podemos escolher o calçado pela marca ou beleza e sim pela funcionalidade. Atualmente, algumas lojas utilizam um aparelho específico para determinar qual o tipo de calçado mais indicado para cada pessoa — diz.

Segundo o profissional, no entanto, não é possível mudar o tipo de pisada.

— Por mais que tentássemos forçar para outro tipo de pisada, automaticamente voltaríamos a pisar da maneira habitual. Pois este comportamento já faz parte da nossa estrutura corporal — explica.

Contudo, é possível e extremamente comum nas academias trabalhar para evitar lesões de acordo com o tipo de pisada.

— Existem exercícios e alongamentos específicos para cada tipo de pisada, para segurança do aluno, um profissional de Educação Física, especializado em corrida, é o profissional indicado e apto a prescrever esses exercícios — afirma.


Dias explica que há três tipos diferentes de pisadas: a pronada, a neutra e a supinada

:: Pronada

Uma pessoa tem a pisada pronada quando, ao pisar, toca o solo com a parte externa do calcanhar e em seguida, rola o pé excessivamente para dentro. A pisada pronada, portanto, acusa um pé excessivamente para dentro. O formato da planta do pé tem pouca ou nenhuma curvatura. Os pronadores devem usar um tipo de tênis que normalmente possui a parte interna da entressola mais dura e/ou reforçada. Isso para restringir a mobilidade medial excessiva e dar estabilidade para a pisada.

:: Neutra

A pisada neutra começa no lado externo do calcanhar e movimenta o pé ligeiramente para dentro. Ela é consequência de uma planta com um arco que vai até a metade da altura do pé. O tipo de tênis mais adequado é o que apresenta um bom sistema de amortecimento de impacto.

:: Supinada

A pisada supinada é aquela que iniciam a pisada na borda externa do calcanhar e esta continua na mesma linha. A pisada supinada, ou para fora, é o tipo mais raro e o mais danoso. Neste caso, o arco da planta do pé fica extremamente elevado e apenas a linha externa do pé toca o chão.

Esse formato faz com que o pé aterrisse de forma rígida no solo, distribuindo muito mal o impacto gerado pelas passadas. Por isso, o supinador precisa usar um tênis com entressola dotada de um eficiente sistema de absorção de impacto, que amorteça consideravelmente suas passadas.


Descubra seu tipo de pisada

Para descobrir qual é o seu tipo de pisada de uma maneira simples, faça um teste conhecido como o teste do pé molhado. Borrife água na sola do pé e pise em uma toalha de papel ou numa folha de papel sulfite. Compare com as descrições acima e você irá conhecer o tipo da sua pisada.

FONTE: ZERO HORA

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Atividade física reduz risco de câncer de mama, apontam estudos.

Corrida e caminhada diminuem a possibilidade de alterações no equilíbrio hormonal endógeno

Um estudo elaborado e divulgado recentemente pela Universidade de Regensburg, na Alemanha, constatou que das 95.396 mil mulheres pesquisadas durante um período de 20 anos, as que praticavam caminhada regularmente tinham menos chance de desenvolver o tumor. A atividade física reduz o estrógeno no sangue, o que consequentemente diminui o risco de câncer.
Outra pesquisa realizada pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) mostrou que a combinação do sedentarismo com o excesso de peso (ou de massa gorda) gera alterações de mecanismos fisiológicos como a formação de radicais livres, redução da capacidade de reparo do DNA, aumento do refluxo gástrico e do trânsito gastrointestinal, o que resulta no aumento da possibilidade de desenvolvimento de alterações no equilíbrio hormonal endógeno.
— O ideal é que a mulher tenha hábitos saudáveis, como andar por no mínimo 30 minutos três vezes por semana, diminuir o consumo de bebida alcoólica, manter o peso adequado e não fumar. Além disso, é fundamental a mulher acima de 40 anos fala o exame de mamografia anualmente — recomenda Dra. Maira Caleffi, mastologista e Presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA).
A recomendação de praticar alguma atividade física regularmente é valida também para os homens. A incidência de câncer de mama neles é menor, mas o cuidado com a saúde deve ser o mesmo para ambos. Aproximadamente para cada 100 casos da doença em mulheres, existe um em homem.
FONTE: ZERO HORA


quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Estudo aponta que obesidade está relacionada a 30% dos casos de câncer


Redução dos níveis de obesidade no país pode evitar 19% dos casos da doença

Segundo maior fator de risco evitável para o câncer, ficando atrás apenas do tabagismo, a obesidade está ligada ao desenvolvimento de 29% dos casos de câncer de útero nas mulheres e 20% dos tumores de esôfago entre os homens. Levantamento divulgado pela Sociedade Americana do Câncer diz que um terço das mortes por câncer são relacionadas a este distúrbio.
A obesidade está ligada ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer. Publicação do Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão vinculado ao Ministério da Saúde, diz que a redução dos níveis de obesidade no país pode evitar 19% dos casos da doença.
— A obesidade é a grande epidemia do século XXI. A população brasileira infelizmente está seguindo a tendência internacional e está a cada dia mais gorda. Precisamos nos unir para combater a Obesidade, pois ela é fator de risco para o câncer e outras doenças, como hipertensão, diabetes e problemas cardiovasculares — destaca o médico especialista em cirurgia da obesidade, Roberto Rizzi.
De acordo com o Inca, a prática de atividade física e uma alimentação saudável podem reduzir em 63% os tumores de boca, faringe e laringe. O controle da obesidade pode fazer com que o câncer de mama tenha sua incidência reduzida em 30%.
— Temos que repensar nossa alimentação, pois ela pode ser fator de proteção ou aumentar os riscos de desenvolvimento do câncer. Precisamos aumentar o consumo de frutas, fibras, verduras, legumes e peixes e deixar de lado alimentos ricos em açúcares e gorduras saturadas, como refrigerantes e alimentos industrializados — sugere Rizzi.
Homem x Mulher
A obesidade interfere de forma diferente em homens e mulheres no desenvolvimento do câncer. Segundo o relatório Saúde Brasil, desenvolvido pelo Ministério da saúde, a obesidade responde por:
No sexo feminino
- 29% dos casos de câncer no útero.
- 26% dos casos de câncer de esôfago.
- 16% dos casos de câncer de rim.
- 14% dos casos de câncer de pâncreas.
- 14% dos casos de câncer de mama.
- 1% dos casos de câncer de colorretal (intestino grosso).
No sexo masculino
- 25% dos casos de câncer de pâncreas
- 20% dos casos de câncer de esôfago
- 10% dos casos de câncer de rim
- 8% dos casos de câncer de colorretal

FONTE: ZERO HORA

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Personal trainer dá dicas para manter a forma na praia

Verão e férias combinam com descanso e novas experiências. Só tome cuidado para não exagerar na alimentação e deixar os exercícios de lado. É preciso, mesmo quando sair da rotina, manter uma alimentação equilibrada, acompanhada de atividade física moderada. E isso vale, principalmente, para quem tem mais facilidade em ganhar peso.
Abaixo, dicas da personal trainer Jéssika Kovatch para manter a forma, mesmo na praia:
— Opte por uma atividade física ao ar livre de que você goste, como andar de bicicleta, fazer uma caminhada na praia ou correr;
— Não treine em horário muito quente. Faça exercícios logo cedo, pela manhã, ou então no final da tarde, quando o sol já esta se pondo;
— Em dias muito quentes, não se esqueça de utilizar o filtro solar, levar um boné e uma garrafa de água para se hidratar;
— A roupa para a atividade física deve ser leve e própria para a modalidade. Além do tênis, que precisa ter um bom sistema de amortecimento para proteger as articulações;
— Os treinamentos devem ser feitos de uma forma equilibrada e progressiva;
— Durma de seis a oito horas por dia num local tranquilo e com pouca claridade, para que o repouso seja completo e você possa repor a energia;
— O café da manhã é a primeira e principal refeição do dia. Portanto, coma alimentos que contenham bastante nutrientes, como frutas, leite e cereais integrais;
— Beba bastante água durante o dia, importante para manter a temperatura e para o organismo manter as suas funções normais. É bom ressaltar que refrigerantes e sucos artificiais não hidratam como a água, e são bastante calóricos;
— Evite doces, alimentos gordurosos, frituras e bebida alcoólica em excesso;
— Pequenos lanches entre as principais refeições são essenciais.

FONTE: ZERO HORA

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

COMO "QUEIMAR" AS GORDURINHAS DO ABDOMEM

Esse é o desejo de 9 entre 10 pessoas. Muitos acreditam que fazer abdominal faz perder a barriga, o que não é verdade. No entanto, é importante fazer exercícios abdominais para fortalecer essa musculatura. Para "perder barriga" é necessário que se tenha uma alimentação balanceada e um programa de exercícios aeróbios. Três fatores determinam o tipo de atividade física que estamos fazendo, são eles:
Duração:
O ideal para quem quer perder peso é fazer a atividade física aeróbia por mais de 30 minutos, pois depois do vigésimo minuto é que começamos a solicitar uma queima maior da “gordura”.
Intensidade:
A intensidade é medida através da freqüência cardíaca do cliente. Dependendo do nível de condicionamento da pessoa, essa “zona ideal de treinamento” muda.
Freqüência:
É determinada pela quantidade de vezes que a atividade física é feita durante a semana.
Tipos de exercícios aeróbios:
Existem várias maneiras de fazer uma atividade aeróbia. Desde uma caminhada a uma corrida ao ar livre. Para quem freqüenta academia existem esteiras, bicicletas ergométricas, transport, natação, aulas de spinning, jump, step... uma infinidade de atividades aeróbias. Escolha a que lhe for a mais conveniente e vamos começar a perder a “barriguinha”.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Provisionados: quem são?


 Segundo o Dicionário Aurélio, Provisionar significa: ... conceder provisão a (alguém) para exercer, como prático, certas profissões. Provisionado, portanto, ainda de acordo com o Dicionário, é aquele que, não sendo bacharel em direito, recebeu provisão para advogar em juízo de primeira instância, uma vez inscrito na Ordem dos Advogados. Portanto, o termo tem origem no direito e identifica uma autorização para o exercício profissional, porém com certas restrições.
Todos os Conselhos Profissionais, por ocasião da regulamentação das respectivas profissões, tiveram que absorver os práticos que atuavam em suas áreas. A OAB absorveu os Rábulas; o Conselho Federal de Contabilidade, os Guardadores de Livros; o Conselho Federal de Odontologia, os Práticos Dentistas que atuavam em suas residências; o Conselho Federal de Farmácia, os conhecedores de medicamentos caseiros; o Conselho Federal de Enfermagem, as Parteiras. E, assim, cada Conselho Profissional registra a história da inclusão de seus práticos.
Como todo Conselho Profissional, o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) teve de absorver as pessoas não-graduadas que já atuavam em várias modalidades de atividades físicas antes da regulamentação da Profissão (Lei n.º 9.696/98). De acordo com a Resolução 45/2002, a pessoa para ser registrada como Provisionado tem que comprovar o exercício da atividade por no mínimo três anos antes de 2 de setembro de 1998, quando a Lei n.º 9.696/98 foi publicada no Diário Oficial da União. Pelo estabelecido pela resolução (45/2002), comprova-se o exercício da profissão através de Carteira de Trabalho, devidamente assinada; ou contrato de trabalho, devidamente registrado em cartório; ou documento público oficial do exercício profissional.
O requerente de inscrição no Sistema CONFEF/CREFs deverá, obrigatoriamente, indicar uma atividade principal, própria do Profissional de Educação Física, com a identificação explícita da modalidade e especificidade, ou seja, tal profissional só poderá trabalhar com apenas a modalidade que ele indicou no ato da solicitação de inscrição.
Enquanto o respectivo Conselho Regional de Educação Física analisa a documentação, o requerente recebe um protocolo que lhe possibilita continuar o trabalho que já vinha desenvolvendo. Deferido o pedido, estará inscrito perante o CREF na categoria de Provisionado. Este profissional então, receberá uma Cédula de Identidade Profissional, na cor Vermelha, onde constará a atividade comprovada, para qual estará credenciado a continuar atuando. Vale lembrar que o profissional graduado devidamente registrado no Sistema CONFEF/CREFs, recebe uma Cédula de Identidade Profissional na cor Verde e esta habilitado a atuar em qualquer modalidade própria da Educação Física.
Feito o registro, o Provisionado deverá participar do Programa de Capacitação desenvolvido pelo Sistema CONFEF/CREFs, o chamado Programa de Instrução para Provisionados (PIP), que inclui conhecimentos pedagógicos, ético-profissionais e científicos, objetivando a responsabilidade no exercício profissional e a segurança dos beneficiários.
Fica claro a importância de se ter profissionais competentes e registrados, para não colocar a Saúde da população em risco. Se você conhece ou desconfia que alguém não esteja habilitado a trabalhar com Atividades Físicas entre em contato com o Conselho Regional de Educação Física da sua região. Todo Profissional de Educação Física deve ter um número de registro junto ao CREF. Na Paraíba você pode fazer sua denúncia ao Conselho Regional de Educação Física da 10ª Região (CREF10) através do telefone: (83) 3244-3964 ou do site: www.cref10.org.br. Exercício ilegal da profissão é CRIME! DENUNCIE!  












Fonte: CONFEF

sábado, 22 de janeiro de 2011

Musculação para Crianças e Adolescentes: bom ou ruim?

A ideia de que praticar musculação na infância prejudica o desenvolvimento da criança acaba de ser derrubada. Numa das maiores revisões sobre o tema, especialistas do "Institute of Training Science and Sports Informatics", em Colônia, na Alemanha, analisaram dezenas de estudos feitos nas últimas décadas sobre treino de força para meninos e meninas entre 6 e 18 anos. Conclusão: a musculação traz benefícios quando bem orientada. Especialistas brasileiros já seguem a tendência e algumas academias no Rio têm profissionais especializados e equipamentos específicos para crianças.
Segundo a pesquisa alemã, publicada na revista "Pediatrics", jovens de qualquer idade que fizeram treino de resistência pelo menos duas vezes por semana, durante um mês ou mais, tiveram maior ganho de força que aqueles que se exercitavam apenas uma vez por semana ou por períodos mais curtos. O resultado contraria a afirmação de que crianças e adolescentes devem evitar a musculação porque esse exercício resultaria em baixa estatura e danos físicos, devido, por exemplo, à falta de testosterona, o hormônio que estimula o aumento de massa muscular em adultos.
O coordenador técnico da rede de academias Pro Forma, André Leta (CREF 000716-G/RJ), é totalmente a favor do treino de força para crianças e adolescentes, desde que liberados pelo pediatra e sob a supervisão de um Profissional de Educação Física. Nos últimos anos, segundo ele, a Associação Nacional de Força e Condicionamento (NSCA, na sigla em inglês) tem indicado o treino de força nessa faixa etária como forma de melhorar o desenvolvimento corporal e a concentração, fortalecer a massa óssea, reduzir o risco de lesões, controlar o peso, evitar a hipertensão e melhorar a concentração, a sociabilidade e a autoestima.
A Academia Americana de Pediatria, o Colégio Americano de Medicina Esportiva e a Sociedade Canadense de Medicina Esportiva têm reforçado que tanto crianças quanto adolescentes se beneficiam da prática de musculação.
"Desde que se respeitem as diferenças individuais, a maturidade física e psicológica e o nível de experiência eu recomendo. Mas é importante que as orientações dos profissaionais e as regras de segurança sejam respeitadas", diz Prof. Leta, que acredita que um programa de atividades físicas para crianças e adolescentes deva incluir outras atividades, como exercícios aeróbios, de flexibilidade e a iniciação em atividades esportivas.
A Companhia Athletica, na Barra, criou um programa infanto-juvenil com equipamentos de musculação da Hoist, desenhados para crianças, como Leg Press, aparelhos de supino, remada, entre outros.
"A meta não é ganhar massa muscular. Usamos pouca carga e mais repetições, em duas ou no máximo três séries", explica Cláudia Rocha, gerente dos programas Kids e Teens da Cia Athletica Rio de Janeiro. "Temos casos de crianças que vêm com indicação médica".
Além da musculação, as crianças e adolescentes na Cia Athletica contam com pista de corrida indoor, fazem treinamento funcional, aulas de hip-hop, lamberobica, jump e jazz, e circuitos divertidos. O objetivo é o mesmo de adultos, mas numa dose menor para melhorar a força, a potência, o equilíbrio, a flexibilidade, a coordenação, a velocidade, a resistência e a agilidade. Para relaxar, eles contam com um lounge equipado com TVs, som, jogos, livros, revistas e computadores.
O professor Manoel Coutinho (CREF 000423-G/RJ), coordenador Projeto Rio Muscle Beach - academia montada na Praia de Ipanema - e membro do LadeBio - Laboratório de Fisiologia do Exercício da Escola de Educação Física do Rio de Janeiro (UFRJ), diz que não há uma idade ideal para iniciar esse tipo de atividade. Alguns jovens são biologicamente mais maduros para executar programas avançados, já outros devem começar com treinos mais simples e leves.
"Crianças a partir de 7 ou 8 anos podem praticar esse tipo de treino, pois não há razão para não se exercitarem fazendo movimentos de flexões de braço, abdominais e agachamentos, nos quais usam apenas o peso de seu próprio corpo como sobrecarga. Mas nessa faixa etária outras atividades são mais interessantes para despertar a motivação para a atividade física, como esportes coletivos, natação, judô, ginástica artística", afirma.
Tanto faz se é treino de força ou de outra atividade; quanto mais exercícios melhor. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 83% dos jovens em idade escolar assistem a mais de duas horas de TV por dia e 70% deles têm uma ou menos aulas de Educação Física por semana. E 32% dos jovens em idade escolar entre 11 anos e 19 anos estão com sobrepeso ou são obesos.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Exercícios Aeróbios Complementam Cirurgia Estomacal

Dados indicam que mesmo após cirurgia indices de IMC apontam obesidade. 

Estudo busca analisar o impacto do exercício no peso dos pacientes.


Com ajuda de exercícios físicos aeróbios (caminhada e/ou corrida), um grupo de onze mulheres que passaram por cirurgia de redução do estômago (gastroplastia) conseguiu perder entre 8,2 e 15 quilos (kg) em três meses.

O estudo da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP acompanhou os efeitos dos exercícios em mulheres obesas que se submeteram a cirurgia um ano e meio antes dos testes.

Após 12 semanas de treinamento, quatro mulheres apresentaram a classificação de Índice de Massa Corporal (IMC) normal.

O IMC é uma medida internacional usada para calcular se uma pessoa está no peso ideal: o peso corporal (em quilogramas) é dividido pela altura (em metros e ao quadrado).

Em ambos os sexos, os valores de IMC para o sobrepeso encontram-se entre 25-29,9 quilos por metro quadrado (kg/m2) e, para a obesidade, encontram-se acima de 30,0kg/m2, podendo ser divididos três grupos (grau I - 30 a 34,9 kg/m2; grau II - 35 a 39,9 kg/m2 e grau III - acima de 40 kg/m2).

Só a cirurgia não resolveu

Antes dos testes da pesquisa e 18 meses depois da cirurgia, três mulheres estavam com obesidade severa, três se apresentavam com obesidade de grau I (menos arriscada) e cinco na classificação de sobrepeso.

"Quando observamos as pesquisas relacionadas à obesidade, constatamos que após dois ou três anos de cirurgia alguns obesos ainda apresentam a classificação de IMC em obesidade. Poucos entram na classificação de sobrepeso e/ou eutrofia (normal)", comenta a professora Marcela Grisólia Grisoste , autora da pesquisa, destacando o resultado alcançado.

A pesquisa também avaliou a composição corporal do grupo, o que foi obtido pelo percentual de gordura por dobras cutâneas.

"É um método duplamente indireto que avalia a quantidade de gordura e a quantidade de massa muscular de uma pessoa", explica Marcela.

Com os exercícios aeróbios, as mulheres conseguiram uma redução significativa das dobras cutâneas e do percentual de gordura. A professora enfatiza a preocupação na diminuição da quantidade de gordura, pois ela "pode ser notada não somente do ponto de vista estético, mas também de qualidade de vida das pessoas, já que a obesidade está associada a um grande número de doenças crônico-degenerativas".

Outra medição realizada pelo estudo se refere ao condicionamento físico das participantes. Para isso, a professora avaliou a frequência cardíaca de repouso delas. Houve uma redução média de 11,90 batimentos por minuto, o que demonstra melhoria na condição física.

Exercício aeróbio

O treinamento aplicado consistiu, primeiramente, na avaliação da composição corporal das mulheres, identificando dados como o peso, a altura e o percentual de gordura. Durante 12 semanas, o grupo de onze mulheres realizou 60 minutos de caminhada e/ou corrida cinco vezes por semana. Após esse período, foram reavaliados todos os percentuais da composição corporal.

As onze participantes escolhidas já tinham sido operadas pela gastroplastia denominada Bypass y de Roux, técnica cirúrgica mais utilizada nos últimos 30 anos que provoca uma perda de peso e possui uma menor quantidade de complicações no paciente.

Ela ainda aponta que a pesquisa visou observar os efeitos do exercício aeróbio no grupo, sem trabalhar com outros fatores que poderiam influenciar os resultados, como uma orientação nutricional.

"Talvez se tivéssemos controlado a orientação nutricional as perdas poderiam ser maiores. E quem sabe, não somente 4 estariam classificadas no IMC normal e sim todas as 11 mulheres", comenta.

Regulamentação da Educação Física no Brasil


Elaboração de medidas legais e a criação de um conselho
O processo da regulamentação e criação de um Conselho para a Profissão de Educação Física, teve início nos anos quarenta. A iniciativa partiu das Associações dos Professores de Educação Física – APEF´s – localizadas no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Juntas fundaram a Federação Brasileira das Associações de Professores de Educação Física – FBAPEF, em 1946.

A História da regulamentação da profissão de Educação Física no Brasil, pode ser dividida em três fases: a primeira relacionada aos profissionais que manifestavam e/ou escreviam a respeito desta necessidade, sem contudo desenvolver ação nesse sentido; a segunda na década de 80 quando tramitou o projeto de lei relativo à regulamentação sendo vetado pelo Presidente da República. E a terceira vinculada ao processo de regulamentação aprovado pelo Congresso e promulgado pelo Presidente da República em 01/09/98, publicado no Diário Oficial de 02/09/98.

A intenção de se criar uma Ordem ou um Conselho ocorreu nos idos da década de 50. Os saudosos professores Inezil Penna Marinho, Jacinto Targa e Manoel Monteiro apresentaram esta idéia e defendiam sua importância, fazendo paralelo sempre com as demais profissões regulamentadas, a Ordem dos Advogados ou o Conselho dos Médicos, sem, no entanto tomarem qualquer ação efetiva no sentido de consolidar a proposta.

Hoje entende-se ter sido em virtude de na época os profissionais atuarem prioritariamente em unidades escolares, os cursos serem exclusivamente de licenciatura e os currículos voltados essencialmente à formação de profissionais para atuarem no ensino formal. Historicamente, a área era responsável por oferecer profissionais a um mercado pré-determinado: a escola. O fato da profissão de Professor não ser regulamentada, torna incoerente desmembrar a Educação Física.

Como exemplo dessa preocupação podemos citar o III Encontro de Professores de Educação Física, organizado pela Associação dos Professores de Educação Física da Guanabara, na cidade do Rio de Janeiro, em 1972. Apresentam então, em uma de suas recomendações aprovadas, a proposta de criação dos Conselhos Regionais e Federal de Educação Física, em que se destaca o seguinte registro deliberativo:
4º. Tema: Conselhos Regionais e Federal dos Titulados em Educação Física e Desportos:

1) É de interesse dos titulados em Educação Física e Desportos a criação dos Conselhos Regionais e Federal, reguladores da profissão.
2) O código de Ética profissional é fundamental para as relações de trabalho entre os titulados em Educação Física e Desportos, tanto na área particular, como na oficial.
3) Os participantes do III Encontro dos Professores de Educação Física, ratificam o trabalho que foi executado no encontro anterior, sobre o problema da criação dos Conselhos Regionais e Federal dos titulados em Educação Física e Desportos,  e solicitam providências junto às autoridades do executivo e legislativo federal.
Contudo, somente em meados dos anos 80 são efetivamente identificadas as ações para a apresentação do projeto de regulamentação da profissão ao legislativo.

Assim, fica clara a questão da regulamentação ser uma velha aspiração da categoria profissional. Algo debatido e discutido desde os anos 50 em diversos eventos, pelos formadores de opinião, pelos notáveis da área e pelas IES, tendo se transformado em ação efetiva apenas a partir da década de 80, quando então encontramos a questão da regulamentação profissional sendo efetivamente debatida e ações concretas dinamizadas.

No início dos anos oitenta resgata-se a Federação Brasileira das Associações dos Professores de Educação Física - FBAPEF.  Mediante uma atuação dinâmica e democrática motiva o surgimento de Associações de Professores de Educação Física – APEFs, em praticamente todos os Estados da União.

Nos Estados: Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo dentre outros, ao longo da década de oitenta, as APEFs promoveram diversos Congressos. O objetivo era discutir os rumos da disciplina e da profissão. A necessidade de consolidar e conquistar a regulamentação recebeu aprovação em todos os estados. 

Podemos deduzir que a segunda fase teve início na reunião entre os diretores, professores e estudantes de Escolas de Educação Física, realizada no dia 22 de novembro de 1983, na FUNCEP, em Brasília-DF, cujo propósito foi discutir sobre a problemática da atuação profissional em Educação Física”, visando a criação de um órgão orientador, disciplinador e fiscalizador do exercício profissional” (transcrito da ata de reunião).
Nesta reunião, coordenada pelo Prof. Benno Becker, à época, membro da Comissão de Pesquisa em Educação Física e Desportos do MEC-COPED, diretor das escolas de Educação Física da FEEVALE, Novo Hamburgo, RS, e secretariada pelo Prof. Laércio Pereira, o Prof. Benno apresentou um projeto elaborado, tendo como base os projetos de conselho regionais e federais da psicologia e medicina. Após discussão e debate, o projeto de lei foi aperfeiçoado.
Chegaram ao acordo, que a proposta seria de criação de Conselho dos Profissionais de Educação Física. Nesta oportunidade todos os presentes foram alertados a respeito da tramitação que o projeto teria na Câmara dos Deputados e da necessidade de cada um mobilizar os representantes políticos de cada estado, para a defesa e o acompanhamento do projeto. Designaram os Professores Benno Becker e Antônio Amorim para encaminhamento do projeto de lei ao poder legislativo.
O Projeto, já aperfeiçoado, foi apresentado pelo Prof. Benno Becker no encontro de diretores e/ou representantes de Escolas de Educação Física do Brasil, encontro este comemorativo dos cinqüenta anos das Escolas de Educação Física da Universidade de São Paulo, cuja comissão executiva dos festejos era presidida pelo Prof. Walter Giro Jordano, quando na realização do debate sobre os temas “Criação de Conselhos Federal e Regionais de Educação Física” e “Regulamentação da Profissão”, realizado no dia 16 de março de 1984, às 15 horas, na sede da Escola de Educação Física na Universidade de São Paulo.

Do ano de 1984 em diante, iniciou de fato, ações concretas para a regulamentação da profissão.

A FBAPEF, que estava desativada, é resgatada quando durante o II Congresso de Esporte Para todos – EPT, na cidade de Belo Horizonte, em julho de 1984, é realizada a Assembléia Geral da FBAPEF e eleita a diretoria para reiniciar a gestão da entidade. Nesta ocasião dentre alguns pontos, é discutida a questão da regulamentação da profissão e deliberado que a entidade deve envidar todos os esforços nesse sentido. O Prof. Dr. Inezil Penna Marinho informa sobre a impossibilidade de se criar Ordem ou Conselhos de professor de Educação Física, em razão de ser esta, substantiva da função de Professor.

Então, o eminente professor propõe que seja modificado o nome designatório de nossa atividade profissional para “Cineantropólogo”; “Antropocinesiólogo”; Kinesiólogo” ou “Antropocineólogo”. A categoria foi consultada, e eles não concordaram com a mudança do termo. Culturalmente e tradicionalmente, a designação do profissional nas intervenções na área dos exercícios físicos e desportivos, é Professor de Educação Física. Identificado o impasse, surgiu a proposta de designarmos o interventor como “Profissional de Educação Física”. Designação aceita para vencer o impasse legal. Desta forma, passou-se a defender a regulamentação do Profissional de Educação Física.

Paralelamente, em 1984 foi apresentado o Projeto de Lei 4559/84, pelo Deputado Federal Darcy Pozza à Câmara dos Deputados. Dispunha sobre o Conselho Federal e os Regionais dos Profissionais de Educação Física, Desporto e Recreação. Foi, oficialmente, o primeiro projeto de regulamentação da profissão.

Em praticamente todas as instâncias deliberativas, até então, das APEFs e nos Congressos da FBAPEF, as decisões eram sempre no sentido da luta pela regulamentação. De acordo com o trâmite do projeto de apresentação de propostas para apresentação de substitutivos.

O PL 4559/84 foi aprovado pelo Congresso Nacional, em dezembro de 1989, sendo vetado pelo Presidente da República, José Sarney. Isso ocorreu no início do ano de 1990, baseando-se em parecer exarado pelo Ministério do Trabalho.
Em razão dessa decepção, as APEFs entram em colapso. O processo de desativação ocorreu inclusive no congresso da FBAPEF de 1990.

No início de 1994, grupos de estudantes de Educação Física preocupados com o crescente aumento de pessoas sem formação atuando no mercado emergente (academias, clubes, condomínios, etc.), procuraram a APEF-RJ. A APEF então, reafirmou a posição de que para impedir tal abuso, fazia-se necessário um instrumento jurídico que determinasse serem os egressos das escolas de educação física, os profissionais responsáveis pela dinamização das atividades físicas.
Portanto, era requerido para regulamentar a profissão: um novo movimento e mobilização da categoria; a adesão de algum político para apresentar o projeto de lei e todo o desgaste que representaria tal questão, ao longo do trâmite do projeto na Câmara e no Senado.

No Rio de Janeiro, o problema se agrava. De maneira bastante informal, percebeu-se que era latente entre os estudantes, a questão do egresso dos cursos de Educação Física. Crescia o interesse em tomar providências para reverter a situação.

Com o crescimento do interesse, a questão é debatida pela diretoria da Associação dos Professores de Educação Física do Rio de Janeiro. Trava-se o debate a respeito da propriedade e surge a oportunidade de iniciar uma nova luta pela regulamentação.

Em princípio, buscou-se a FBAPEF para desenvolver o processo via  instituição representativa da categoria profissional. As diversas deliberações da entidade e das APEFs dependiam de aprovação. Porém, percebia-se um certo marasmo nas ações em prol da regulamentação. Por esse motivo, os Professores: Jorge Steinhilber, Sergio Kudsi Sartori, Walfrido Jose Amaral e Ernani Contursi, decidem lançar o Movimento em Prol da Regulamentação. O Movimento não tinha a participação de um órgão formalmente constituído. Havia uma rede de comunicação, informação, mobilização e adesão. Era aberta a participação de órgãos, instituições, meios de comunicação, profissionais e estudantes. Seu caráter era pluripartidário e democrático.

Em Janeiro de 1995, durante a realização do congresso da FIEP em Foz do Iguaçu, o “Movimento pela regulamentação do Profissional de Educação Física” foi lançado na abertura do evento, após contar com a aprovação e adesão do delegado geral da FIEP no Brasil, Prof. Almir Gruhn e do Vice-Presidente, Prof. Manoel José Gomes Tubino. Vale ressaltar que a posse solene dos membros conselheiros do 1º Conselho de Educação Física, ocorreu neste mesmo congresso.
O Prof. Jorge Steinhilber proferiu conferência de abertura do Congresso, anunciando que a assembléia da Federação Brasileira das Associações de Profissionais de Educação Física aprovara a proposta de regulamentação da profissão, e que lançava o “Movimento” como mola propulsora da regulamentação e como centro da rede de divulgação e mobilização, que seria necessária para esclarecimento e adesão nacional a respeito da questão.
O lançamento da proposta foi alvo de longos aplausos, por parte dos mais de mil e quinhentos presentes à abertura, demonstrando que a questão recebia apoio e aprovação dos Profissionais de Educação Física. Após a conferência, o presidente da FIEP pronunciou-se, em apoio ao Movimento pela regulamentação da profissão.
A primeira ação e difusão nacional do “Movimento” deu-se na reunião em que o Prof. Jorge Steinhilber participou com os delegados da FIEP ( a FIEP possui delegados em praticamente todos os estados da União). Na oportunidade consolidou-se a primeira aprovação nacional. Os delegados assumiram o compromisso de divulgar a proposta, esclarecer no que fosse possível, em seus respectivos estados, e divulgar, de todas as formas possíveis.
A segunda ação foi o envio de correspondência às direções das Instituições de Ensino Superior de Educação Física, informando a respeito da importância e necessidade de regulamentarmos a profissão, apresentação do “Movimento” e abertura de possibilidade da adesão ao mesmo, solicitando que a questão fosse divulgada e que estes promovessem discussões, debates e esclarecimento a respeito, junto ao corpo docente e discente.

 Assim foi lançado o “Movimento nacional pela regulamentação do Profissional de Educação Física”, no início do ano de 1995.
Seguem algumas ilustrações do movimento:
Figura 1: Teia de colaboradores do “Movimento nacional pela regulamentação do Profissional de Educação Física”.
Teia Regulamentação
Figura 2: Arte "Regulamentação Já".
Regulamentação Já
Para deflagrar o processo formalmente, o Deputado Federal Eduardo Mascarenhas apresenta o projeto de lei relativo à regulamentação da profissão. Projeto de número 330/95, na Câmara dos Deputados.

Durante o período de discussão do texto do projeto de lei, surgiu a dúvida se contemplaria amplamente a categoria profissional. O argumento era de que o texto apresentado seria embrionário. Precisava ser analisado por três Comissões na Câmara, onde poderia receber substitutivos e ser totalmente modificado. Vale ressaltar o fato de que o texto apresentado, suscitaria maiores discussões no âmbito da categoria profissional. Assim, oportunizaria a construção. Ao final do trâmite na Câmara, com o projeto devidamente analisado, debatido, refletido, estudado, consultado e pesquisado, optou-se pela apresentação por parte do Deputado Federal. O projeto deveria ser apresentado imediatamente.

Durante o ano de 1995 o projeto foi analisado pela Comissão de Educação, Cultura e Desporto. As instituições de ensino, órgãos públicos relacionados com a área e notórios profissionais de Educação Física foram consultados. Todos favoráveis à regulamentação, sendo que algumas pessoas contestam o processo e o texto do projeto.

Em novembro de 1995, substitutivo ao projeto de lei, é aprovado na Comissão de Educação, Cultura e Desporto.
No início do ano de 1996, na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público, o Deputado Federal Paulo Paim, é designado relator do projeto.

O Deputado informou que a Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público, em princípio, era contrária às regulamentações de profissões tendo traçado algumas recomendações que deveriam ser comprovadas para a apreciação do nosso projeto:
 Recomendações para a elaboração de projetos de lei destinados a regulamentar exercícios de profissões:
1.  Em razão da liberdade para o exercício de ofícios ou profissões estabelecidas pela Constituição Federal em seu art. 5º, inciso XIII, a elaboração de projetos de lei destinados a regulamentar o exercício profissional deverá atender, cumulativamente, os seguintes requisitos:
1.1-   Imprescindibilidade de que a atividade profissional a ser regulamentada - se exercida por pessoa desprovida da formação e das qualificações adequadas - possa oferecer risco à saúde, ao bem-estar, à segurança ou aos interesses patrimoniais da população;
1.2-  A real necessidade de conhecimentos técnico-científicos para o desenvolvimento da atividade profissional, os quais tornem indispensáveis à  regulamentação;
1.3-  Exigência de ser a atividade exercida exclusivamente por profissionais de nível superior, formados em curso reconhecido pelo Ministério da Educação e do Desporto;
2-  Indispensável se torna, ainda, com vistas a resguardar o interesse público, que o projeto de regulamentação não proponha a criação de reserva de mercado para um segmento de determinada profissão em detrimento de outras com formação idêntica ou equivalente”.
Em audiência com o relator, o Coordenador Nacional do Movimento, Jorge Steinhilber, defendeu que as proposições regulamentadoras atendem a esse mínimo de requisitos tendo condições de resultar em lei eficaz. Foi definido que seria realizada audiência pública para tratar da questão.

Até o dia 17 de outubro de 1996 (audiência pública), o Deputado Paulo Paim consultou as Instituições formadoras de profissionais de Educação Física, entidades, órgãos públicos, profissionais e estudantes de Educação Física.

Em praticamente todos os eventos relativos à área (congressos, seminários, convenções e outros) foram promovidas conferências, debates e mesas redondas relativas à regulamentação. Nas Escolas de Educação Física, estudantes promoviam encontros de discussão a respeito da regulamentação. Nos Estados reuniam-se os diretores das Instituições para debaterem, efetuarem consultas e apresentarem resultados. Todos foram favoráveis quanto à regulamentação com modificação no texto.

O Movimento Nacional pela Regulamentação do Profissional de Educação Física cresceu e se fortaleceu. Convocou a categoria para enviar correspondências, relativas a abaixo assinados favoráveis à regulamentação ao Deputado Paulo Paim, sendo atendido.

É importante ressaltar a reunião de diretores e representantes das Escolas de Educação Física, na Universidade Católica de Campinas convocadas pelo Instituto Nacional do Desenvolvimento do Desporto - INDESP. O objetivo era que conhecessem as propostas do Instituto, uma vez que, por iniciativa dos presentes, levantava-se a questão da regulamentação.  O abaixo assinado favorável à regulamentação, foi assinado por 97% dos presentes.

Em 17 de outubro de 1996, às 10 horas, no plenário da Comissão de Trabalho, Administração e Serviços Públicos, o Deputado Paulo Paim abre a audiência pública. Pelo estabelecido, o Professor Jorge Steinhilber proferiu explanação histórica sobre a regulamentação e sua importância. Em seguida, o representante do INDESP confirmou o teor de correspondência favorável à regulamentação, outrora encaminhada à Comissão de Educação, Cultura e Desporto.
Depois, o Professor Roberto Lial, Presidente da FBAPEF informou que no Congresso de 1994, os presentes deliberaram favoravelmente à regulamentação. Finalizando, foi dada a palavra ao Professor Lino Castelani para defender posição contrária à regulamentação. Seguindo, o Deputado Paulo Paim ouviu um por um os presentes sendo marcante o fato de que todas as entidades apresentaram-se favoráveis à regulamentação. Um grupo de profissionais e estudantes manifestaram-se contrários em relação ao texto do projeto. A diretoria do CBCE e a diretoria da Executiva Nacional dos Estudantes apresentaram-se contra a proposta.

Após ouvir todos os presentes e assinalar os respectivos votos, pronunciou-se o Deputado Eduardo Mascarenhas. Ao final, o Deputado Paulo Paim apresentou uma caixa com milhares de correspondências que recebera informando serem 99% favoráveis à regulamentação. Devido relatos dos presentes e votos favoráveis, estava claramente definido ser a categoria profissional favorável à regulamentação. Havia somente reticências em relação ao texto. Assim, sua decisão era favorável à questão. Instituiu grupo de trabalho para que no prazo de 20 dias, fosse apresentado o texto com as propostas apresentadas.

Exigiu que os presentes enviassem suas sugestões. O Grupo de Trabalho apresentou novo texto.  O relator o apresentou como substitutivo.

Todavia, não houve tempo hábil do substitutivo do Deputado Paulo Paim ser apreciado na Comissão em 1996. O motivo, foi o recesso de final de ano.

Em 1997, o Deputado Paulo Paim é galgado à mesa Diretora da Câmara, retirando-se da Comissão. Assim, teve início o processo de negociação para que o novo relator absorvesse todo o processo democrático levado a efeito pelo Deputado Paulo Paim. Acordou-se com o Deputado Federal Paulo Rocha (PT/PA), que por ser do mesmo partido e das mesmas convicções de Paulo Paim, concordou em apresentar o substitutivo construído das propostas oriundas da categoria profissional.

Mesmo assim foi moroso o trâmite. Primeiramente a devolução do projeto à Comissão, levada a efeito em 30 de maio de 1997, em seguida sua inclusão em pauta. O Deputado Sandro Mabel (PSDB/GO), líder do governo na Comissão, informava ser favorável ao projeto, mas, não o liberava para a pauta. Informava que o entrave partia do Ministério do Trabalho.

Foi levada a efeito a gestão, junto ao Secretário Executivo do Ministério do Trabalho. Na oportunidade foram tiradas as dúvidas do Ministério. Sinal verde para o projeto ser incluído na pauta da Comissão.

Em 22 de outubro de 1997 o Projeto, com substitutivo, é aprovado por unanimidade em reunião ordinária e remetido para a Comissão de Constituição e Justiça e de Redação.

O projeto é analisado nesta Comissão até o dia 09 de junho de 1998, quando é considerado constitucional e aprovado por unanimidade pronto para a ordem do dia.

Na sessão plenária de 30 de junho de 1998 da Câmara dos Deputados, o projeto de lei 330/95 é debatido, apreciado e aprovado com parecer favorável de todos os oradores. Inclusive, foi feita uma homenagem ao Deputado Eduardo Mascarenhas, que havia falecido.

Nas palavras da Deputada Telma de Souza (PT-SP):
“Sr. Presidente, prestando homenagem ao nosso companheiro já falecido, Eduardo Mascarenhas, ressalto o esforço da votação do Substitutivo do Deputado Paulo Rocha e o incansável vigor da Deputada Laura Carneiro para que todas as Lideranças desta Casa encontrassem um denominador comum que aprovasse essa iniciativa Parlamentar que muito nos honra”.

A partir de primeiro de julho de 1998 o projeto de lei passa a ser analisado e apreciado pelo Senado.

No dia seguinte, 13 de agosto de 1998, o projeto foi incluído na ordem do dia do Senado. Após alguns momentos de tensão, em razão de possíveis emendas ao Projeto de Lei, o Professor Jorge Steinhilber, reunido com a Deputada Laura Carneiro e Senadores, firma acordo para possibilitar a aprovação do Projeto de Lei nesta sessão. Após algumas manifestações de parlamentares, e um longo e brilhante discurso do Senador Francelino Pereira, o projeto foi aprovado por unanimidade e encaminhado à sanção presidencial.

Em 1º de Setembro de 1998, o Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, sanciona a lei 9696/98, publicada no Diário Oficial da União em 02/09/98.
Figura 3: Diário Oficial da União (Clique na imagem para ampliar).
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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO FÍSICA.

Vídeo onde o professor Geraldo Filho fala sobre a importância da avaliação física antes de começar qualquer programa de exercícios físicos.