sábado, 26 de fevereiro de 2011

Especialistas ensinam os três truques que vão garantir os resultados desejados na academia

Ganho de massa muscular ocorre no período de descanso, ao contrário do que muitos pensam

Que fazer exercícios físicos é bom para a saúde e que evita diversos problemas futuros, todo mundo sabe. Mas muitas pessoas estão, antes de mais nada, atrás dos resultados estéticos que a malhação diária traz ao corpo. Segundo as irmãs Luciana e Andréia Presa, sócias-proprietárias da Academia Atitude, que fica na zona sul da Capital, para atingir os resultados esperados há três variantes que devem ser observadas.
— As principais variáveis que determinam o sucesso do treinamento são: o treino propriamente dito, o descanso e a alimentação — explica Luciana.
Além destes fatores, a característica biológica de cada indivíduo é muito importante para determinar o resultado do treinamento. Cada pessoa possui características fisiológicas diferentes, como tipos de fibras musculares predominantes e também aspectos hormonais. Tudo isso, conforme a especialista, também está associado a fatores externos, como carga horária de trabalho, horas de sono e tempo disponível para a realização do treinamento.
Luciana ressalta, no entanto, que, para chegar ao ponto desejado, é fundamental respeitar os limites do corpo, pois o erro mais comum no início da prática de exercícios físicos é a pressa em alcançar os objetivos.
— A ilusão de atingir metas impossíveis em um curto espaço de tempo desmotiva muita gente. O exercício físico de qualquer tipo só proporciona resultados satisfatórios após algum tempo e muita dedicação — aconselha.


:: Treino
Andréia explica que o tipo de treino e de modalidade pelo qual se opta precisa estar ligado ao resultado que se quer atingir. Uma vez que esta opção é feita, é essencial que se siga as instruções do professor e que não seja feita a troca da ordem dos treinos por conta própria, por exemplo.
— Na maioria das vezes o treinamento é dividido em grupos musculares para não repetirmos e sobrecarregarmos a musculatura. Quando não respeitamos este tempo podemos causar lesões sérias na musculatura sem contar que o músculo sem descanso não cresce — afirma.
Para a professora de educação física, nem sempre o uso de pesos muito elevados é o meio mais eficaz par atingir os resultados pretendidos.
— Podemos, por exemplo, aumentar o número de séries, alterar a velocidade de execução dos movimentos, revisar os períodos de recuperação entre os exercícios, modificar a sequência muscular trabalhada, entre outras possibilidades — revela.
A especialista lembra que é obrigação do profissional que acompanha o aluno respeitar todas as fases de treinamento, desde a adaptação muscular até uma fase mais avançada de hipertrofia.
— Para ocorrer esta adaptação de fases chegando ao treino de ganho de massa muscular propriamente dito o professor deve sempre inovar o treino, para que assim nosso corpo não se "acomode". O tempo ideal dessas trocas de programas de exercícios, no entanto, varia de acordo com a necessidade de cada aluno observando sempre sua evolução no atual programa — destaca.
Andréia revela que uma dúvida frequente dos frequentadores da academia é a respeito do melhor horário para malhar. Segundo ela, não há uma receita universal. O ideal é avaliar cada caso particularmente.
— O melhor horário para treinar é quando você estiver mais acordado e com os níveis de energia altos. Ao acordar os níveis de cortisol estão altíssimos, e o glicogênio baixo, o que não acontece a tarde, melhor período para fazer tais atividades, pois você já fez mais de três refeições e os níveis de cortisol estão devidamente controlados e o potencial energético está no pico — diz.
— Caso não tenha jeito, e você tenha que treinar de manhã ou seja, poucas horas após acordar, é vital uma refeição grande antes do treino, rica em carboidratos tanto de baixo, como alto índice glicêmico e é claro, proteína. Caso o treino seja a noite, evite que seja de duas ou três horas antes de dormir — completa.


:: Descanso
Luciana ressalta que o ganho de massa muscular ocorre justamente durante o descanso, ao contrário do que muitos pensam. E, por este motivo, ele é tão importante.
— Durante o treinamento com sobrecarga, começamos o processo de definição, estressando nossa musculatura, causando microlesões nas fibra. Essas microrupturas, são seguidas de uma reparação tecidual. E é no repouso que ocorrem as reações fisiológicas responsáveis pelo crescimento muscular.
A sócia da Academia Atitude revela, no entanto, que o intervalo de tempo adequado para a recuperação do organismo depende de cada praticante e do funcionamento do seu metabolismo.
O mais importante, conforme Luciana, é estar atento ao seu corpo e perceber se esse intervalo que está sendo dado é suficiente ou não.
— Se você anda desanimado, com muita fadiga muscular, sem força para treinar, tem que rever com seu professor o tempo de descanso que está usando no seu treinamento, talvez você esteja passando por um excesso de treinamento (overtrainning), que fará com que você não ganhe massa muscular e ainda corra o risco de ter algum tipo de lesão — alerta.


:: Alimentação
Andréia destaca que, para auxiliar processo de ganho de massa muscular durante o descanso é fundamental fazer uso de uma alimentação adequada.
— Com esse dois elementos associados, ocorre uma supercompensação de síntese protéica dentro da célula muscular resultando em uma cadeia de efeitos e alterações hormonais responsáveis pela hipertrofia muscular — explica.
Segundo ela, não há necessidade de usar suplemento alimentar para ganhar massa muscular, desde que sua alimentação supra todas as suas necessidades de nutrientes diários e nos momentos oportunos.
— O diferencial dos suplementos é tornar nossa vida mais prática, além de permitir uma nutrição adequada em horários nos quais a alimentação sólida seria inviável — destaca.
Andréia lembra que é consenso na comunidade científica que imediatamente após o treino, nosso organismo necessita de proteínas e carboidratos para acelerar o processo recuperativo.
— O ideal seria que antes de optar por introduzir um suplemento em sua dieta, o indivíduo procurasse os serviços de um nutricionista esportivo. Este profissional irá ajustar a suplementação adequada de acordo com as características e objetivos de cada pessoa. Desta forma, os resultados seriam otimizados, não ocorrendo perda de tempo nem dinheiro — aconselha.
Confira os principais grupos de alimentos que devem fazer parte da dieta de quem pratica exercícios, conforme Luciana e Andréia:
— Proteínas: Opte, especialmente, pelo frango e pelo peixe pois eles têm baixo teor de gordura.
— Carboidratos: são fundamentais pois fornecem a principal fonte de energia para o nosso corpo. Eles são encontrados em alimentos como arroz, pães e massas integrais.
— Gorduras: são boas isolantes para certas partes do corpo como o coração e os pulmões, bem como para gerar energia. Azeite e óleo de linhaça são boas gorduras insaturadas. Para reconhecer esse tipo de gordura é só lembrar que elas ficam líquidas quando estão à temperatura ambiente.
— Legumes: ricos em vitaminas e minerais, proporcionam melhor desempenho nos exercícios físicos.
— Frutas: ótima opções a qualquer momento. No entanto, é aconselhável ter moderação pois elas têm uma certa quantidade de açúcar que em excesso pode diminuir seus benefícios.

Fonte: Zero Hora

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Depressão, ansiedade e estresse podem estar na origem da má postura


Foto: Flávio Neves

Cada vez mais pessoas sofrem de dor nas costas por conta de hábitos inadequados

As dores na coluna não são decorrentes apenas dos hábitos posturais ou do sedentarismo, como muitos acreditam. Segundo os fisioterapeutas Mauro Pedroni e Vidigal Afonso Gasparini, elas também surgem a partir de causas multifatoriais. Alguns problemas emocionais como, por exemplo, depressão, ansiedade e estresse.
— Essa atitude pode estar associada à tentativa involuntária de proteger-se, sustentar-se ou defender-se de algo — explica Pedroni diretor da FisioClínica Londrina, no Paraná.
Gasparini ressalta ainda que as atividades de vida diárias (AVDs) também podem estar associadas à má postura, como a maneira de se sentar, de se deitar e dormir em colchões inadequados ao peso corpóreo, de carregar peso, dirigir um automóvel e à prática de exercícios físicos inadequados.
Os problemas causados pela má postura corporal são muitos. Dentre eles, está a algia da coluna vertebral, que é conhecida como dor nas costas e temida por todo mundo. De acordo com a Organização Mundial de saúde (OMS), 85% da população mundial sofrem de dores na coluna.
Para ter uma boa postura corporal é necessária a manutenção de três curvaturas normais da coluna: a coluna cervical (região do pescoço), a coluna dorsal (no meio das costas, região torácica) e a coluna lombar (área mais baixa, próxima ao quadril).
Na maioria dos casos, as alterações posturais ainda na infância predispõem problemas na vida adulta. Para evitar que isso aconteça, é importante que haja uma intervenção dos pais na reeducação de hábitos inadequados das crianças, como o transporte de carga excessiva de material escolar em mochilas, ou a prática de esportes sem orientações de um profissional.
Já no adulto jovem, as algias da coluna estão relacionadas a posturas inadequadas, quedas, acidentes, obesidade e problemas congênitos (escolioses). Na mulher, os desconfortos na coluna são mais acentuados no período da gestação e menopausa. Na velhice, as quedas, a artrose e a osteoporose (redução da massa óssea) são as principais causas.
Segundo os especialistas, para ajudar a solucionar tais problemas, surgiu a podoposturologia, uma técnica francesa da área da fisioterapia que tem como objetivo reeducar e realinhar a estrutura do corpo através de exames especializados que geram a prescrição de palmilhas proprioceptivas, que podem ser usadas tanto na prevenção como na cura dos problemas. A técnica corrige vícios posturais decorrentes dos desequilíbrios que comprometem a saúde tanto de atletas quanto de pessoas sedentárias.
As palmilhas são confeccionadas por materiais usados em calçados esportivos de última geração e que propicia sensação de conforto e bem estar.
— Na maioria dos casos, o uso das palmilhas é periódico. Há problemas que são solucionados entre 45 dias a seis meses, outros em um, dois ou três anos. Em apenas cerca de 30% dos casos, o uso de palmilhas é necessário de forma continuada — declara Pedroni.
— Após a reorganização postural, o paciente deve estabelecer uma rotina no seu dia a dia, percebendo e reeducando seus hábitos posturais nas atividades diárias — complementa Gasparini.

Fonte: Zero Hora

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Obesidade em homens aumenta em 75% risco de ataque cardíaco, aponta estudo

Foto: Stock Photos

Aumento de doenças cardiovasculares ocorre independente de outros fatores de risco

Estudo realizado pelo Centro de Pesquisa Cardivascular da Universidade de Glasgow, na Inglaterra, revelou que a obesidade nos homens aumenta em 75% o risco de ataque cardíaco, independente de terem ou não outros fatores de risco para o desenvolvimento da doença.
O estudo, que foi publicado na Revista científica Heart, acompanhou durante 15 anos 6.082 pacientes do sexo masculino que foram diagnosticados com colesterol alto, mas que não tinham histórico de doença cardíaca ou diabetes.
Durante o período do estudo, os pesquisadores observaram 214 mortes causadas por doenças cardíacas e 1.027 pacientes que sofreram ataque cardíaco e/ou acidentes vasculares que não resultaram em morte. Mesmo após a exclusão de variáveis relevantes, como idade e histórico de tabagismo, o risco de morte entre os homens obesos, com o Índice de Massa Corporal (IMC) entre 30 e 39,9, era 75% superior comparado a homens não obesos.
— Muitos pacientes ficam preocupados somente com os fatores de risco, como o diabetes e a hipertensão, porém esse estudo comprova que o grande problema para a saúde do coração é a obesidade. Os fatores de risco também são complicações que merecem atenção médica, mas temos que considerar em primeiro lugar a prevenção e o tratamento da obesidade, que é responsável pelo desenvolvimento das demais doenças — destaca o cirurgião especialista em obesidade Roberto Rizzi.
A obesidade causa a expansão do átrio esquerdo e do ventrículo esquerdo, comprometendo a função cardíaca. O átrio esquerdo é responsável por receber o sangue rico em oxigênio dos pulmões e enviá-lo para o ventrículo esquerdo, que bombeia esse sangue para o corpo.
— Temos vários estudos científicos que comprovam os danos que a obesidade causa para a saúde do coração. O alargamento do átrio esquerdo aumenta o risco de arritmia cardíaca e fibrilação atrial. A alteração no ventrículo esquerdo faz com que o coração utilize mais força para conseguir bombear o sangue, podendo causar insuficiência cardíaca. Ou seja, é mais uma constatação de que o excesso de peso é bastante nocivo para o coração — diz Rizzi.
A obesidade afeta 205 milhões de homens e 297 milhões de mulheres, ou seja, 9,8% dos homens do mundo e 13,8% das mulheres. No planeta, 1,46 bilhão de adultos registram sobrepeso.
No Brasil, o problema atinge cerca de metade dos adultos em todas as regiões do país, com destaque para o Sul (56,8% dos homens e 51,6% das mulheres) e Sudeste (52,4% dos homens e 48,5% das mulheres).
— A obesidade também é o segundo maior fator de risco evitável para o câncer, ficando atrás apenas do tabagismo. A obesidade está ligada ao desenvolvimento de 29% dos casos de câncer de útero nas mulheres e 20% dos tumores de esôfago entre os homens — alerta Rizzi.
O levantamento do IBGE revelou ainda que a população de 20 anos ou mais, o sobrepeso no sexo masculino saltou de 18,5% em 1974/1975 para 50,1% em 2008/2009. No sexo feminino, o avanço foi menos intenso, e o número saltou de 28,7% para 48% no mesmo período.
— A mudança de hábito é a grande culpada por esses números alarmantes que não param de crescer. Precisamos dedicar mais recursos para a prevenção da obesidade no país, ou em pouco tempo estaremos igual aos EUA em número de obesos — conclui o médico.

Fonte: Zero Hora

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Dietas emergenciais são as principais vilãs do efeito sanfona

Consumir poucas calorias obriga o organismo a utilizar outras fontes de energia para poder manter funções vitais

Dieta da banana, dos carboidratos, do limão, da lua, da sopa, disso ou daquilo. São tantas receitas diferentes que prometem resultados milagrosos em pouco tempo que não é possível quantificá-las. Segundo o nutrólogo Maximo Asinelli, elas são chamadas de dietas emergenciais, os seja, são programas alimentares com baixas calorias e que restringem determinados alimentos e grupos alimentares.
— Geralmente elas duram apenas alguns dias e não devem ser prolongadas por mais tempo devido à baixa quantidade de calorias que devem ser ingeridas — explica.
O especialista revela que uma das principais desvantagens desse tipo de dieta é o efeito sanfona. Ele é inevitável já que ninguém consegue manter uma alimentação restritiva por muito tempo.
— Por isso a maioria das pessoas que recorrem a este tipo de dieta para emagrecer recupera o peso perdido rapidamente. É bom lembrar que o efeito sanfona prejudica muito o organismo, pois compromete o sistema imunológico, deixando o corpo mais suscetível a infecções — esclarece o nutrólogo.
Segundo Asinelli, ao restringir muitos alimentos e consumir poucas calorias este tipo de dieta obriga o organismo a utilizar outras fontes de energia para poder manter ativas as suas funções vitais, como as gorduras acumuladas.
— Por isso, se uma dieta emergencial for seguida a risca ela realmente vai auxiliar na perda de peso, mas por outro lado prejudica o organismo e não traz benefícios a longo prazo — alerta o médico.
Fazer uma mudança radical nos hábitos alimentares de uma hora para outra não é saudável. Restringir alimentos faz com que a quantidade e a qualidade dos nutrientes fornecidos não seja o suficiente para a manutenção do organismo.
— Nenhum grupo alimentar deve ser abolido do cardápio, seja ele carboidratos, gorduras ou proteínas. Todos eles juntos são fundamentais para a manutenção do organismo — ressalta.
Quem quer emagrecer com saúde deve procurar um especialista e fazer uma reeducação alimentar.
— Ao aprender a se alimentar bem, o indivíduo emagrece sem passar fome e ainda fortalece o sistema imunológico. Com força de vontade e disciplina, os resultados são mantidos por longos prazos, desde que não haja exageros. Praticar exercícios físicos e beber bastante água também é essencial”, acrescenta.

Fonte: Zero Hora

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Obsessão por dietas e alimentos saudáveis pode indicar distúrbio


Falar muito em dietas e se recusar a comer alimentos preparados por outros são alguns dos sinais

A preocupação com o corpo e com uma alimentação saudável é importante, mas é preciso estar atento para que esse cuidado não se torne uma obsessão. Esse distúrbio alimentar, recentemente identificado, é chamado de ortorexia.
— A obsessão por dietas é caracterizada por indivíduos que apresentam medo excessivo de ganhar peso ou aqueles que buscam manter uma dieta extremamente restritiva — explica a nutricionista Clarisse Zanette, mestre em Ciências Médicas e especialista em Nutrição Clínica.
Segundo Clarisse, ao contrário da anorexia e bulimia, o indivíduo que sofre de ortorexia permite-se comer somente alimentos saudáveis, observando cada conteúdo nutricional e o valor calórico dos alimentos. Na busca exagerada por este tipo de alimentação, eles acabam provocando um desequilíbrio alimentar, pois deixam de consumir muitas vitaminas e minerais.
A nutricionista acredita que esse tipo de distúrbio também é causado por influências externas de publicidade de produtos supostamente saudáveis e padrões de beleza impostos pela mídia. Identificar esse problema não é fácil, pois os sintomas são discretos:
— Muitas vezes os sinais desta obsessão passam despercebidos, como problemas de pele, unhas e cabelos enfraquecidos, anemia, tonturas, falta de disposição, dor de cabeça, dificuldade de raciocínio, problemas no funcionamento do intestino — alerta a nutricionista.
Ter assuntos recorrentes relacionados à dietas e alimentação saudável, além de recusar refeições preparadas por outras pessoas são alguns dos sintomas que aparecem no ambiente social. Segundo Clarisse, contar todas as calorias dos alimentos que ingere também pode ser um sinal.
— Contar calorias para emagrecer não é saudável, pois pode levar a uma deficiência de nutrientes importantes ao organismo. Além disso, ficar obcecado pelas calorias e ficar lendo todos os rótulos, torna a dieta impraticável com o passar do tempo, levando ao ganho de peso novamente, o famoso efeito sanfona.
Clarisse recomenda que se procure um acompanhamento multidisciplinar, com nutricionista e psicólogo, aos primeiros sintomas da ortorexia.
ALIMENTE-SE BEM, DE FORMA SAUDÁVEL:: Coma várias vezes ao dia:
Comer a cada três horas é a regra principal para o emagrecimento saudável. Comendo porções menores, várias vezes ao dia ajuda a manter o organismo saciado e a manter o metabolismo acelerado, favorecendo a queima de calorias.
:: Escolha melhor os lanches:
Utilize pelo menos três porções de frutas ao dia, garantindo as fibras, vitaminas e minerais em seu dia. Quanto mais variadas, mais nutrientes.
:: Evite impor restrições severas em dietas:
Muitas restrições alimentares aumentam as chances dos fracassos das dietas. Além disso, precisamos de gorduras para absorção de vitaminas A, D, E e K. Sempre tenha em mente que o emagrecimento deve vir junto da reeducação alimentar.
:: Como montar um prato:
Coloque saladas em metade de seu prato. No outro, escolha uma porção de arroz, feijão, carne e legumes. Assim, a refeição parecerá robusta, mesmo sendo composta por saladas.
:: Consuma alimentos com fibras, como cereais integrais, frutas e verduras:
Além de possuir nutrientes importantes, as fibras prolongam a saciedade e auxiliam no controle do peso.
:: Mantenha-se hidratado:
Beba no mínimo 1,5 litro de água por dia.
:: Nunca faça refeições vendo TV, lendo ou falando ao telefone:
A distração aumenta as chances de exagerar na quantidade de comida.
:: Coma devagar mastigue bem os alimentos:
Durante a mastigação, os hormônios presentes no estômago enviam para o cérebro a informação de que estamos ficando saciados. Quando comemos rapidamente, não dá tempo da informação chegar ao cérebro. Dica: Repouse os talheres sobre a mesa a cada garfada.

Fonte: Zero Hora

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Estudo revela que obesidade pode levar a danos permanentes no joelho


Obesidade é um problema que favorece o aparecimento da artrose e que pode ser prevenido

Novos estudos apresentados na reunião anual da American Academy of Orthopaedic Surgeons (AAOS) revelaram os efeitos que a obesidade causa sobre o joelho e a capacidade do paciente de se recuperar após uma cirurgia. A pesquisa realizada pelo Departamento de Cirurgia Ortopédica do Hospital Roper, em Charleston (EUA), descobriu que, embora a perda de peso através da cirurgia bariátrica possa melhorar as dores no joelho causadas pela osteoartrite, o dano pode ser permanente.
— Temos vários estudos científicos que comprovam os danos que a obesidade causa para a saúde, sobretudo aos joelhos devido à sobrecarga. Essa nova pesquisa é bastante relevante e mostra que a obesidade é um fato que favorece o aparecimento da artrose e que pode ser prevenido. O controle do peso reduz a sobrecarga nas articulações que suportam o corpo, limita lesões futuras e aumenta a mobilidade — explica o ortopedista e chefe do Instituto do Joelho HCor Rene Abdalla.
O ortopedista explica que, após a cirurgia de redução de estômago, o paciente precisa fortalecer sua musculatura antes de iniciar a prática da atividade física:
— Em nossa prática clínica diária, examinamos um número cada vez mais crescente de pacientes que tinham sobrepeso ou obesidade cujos joelhos, durante esse período, suportavam mais peso que o necessário induzindo a danos na cartilagem da articulação. Após serem submetidos a tratamentos para perda de peso (regime, cirurgia bariátrica) esses pacientes se sentem mais confortáveis e com indicação de prática de exercícios. Nesse momento, aquelas lesões adquiridas durante a obesidade começam a ter um efeito que atrapalha essas atividades e necessitam muitas vezes de tratamento ortopédico adequado — acrescenta o especialista.
Além disso, os pesquisadores descobriram que a obesidade mórbida contribui para uma incidência significativamente maior de complicações no pós-operatório, tais como vermelhidão ao redor da ferida cirúrgica, inchaço da pernas, infecções bacterianas, distúrbios respiratórios, neurológicos e de complicações gastrointestinais e arritmias cardíacas após cirurgia no joelho.

Fonte: Zero Hora

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Treinamento: Individualizado! Com ou sem Personal Trainer

(Escrito por Felipe Nassau) 

Áreas de conhecimento

            O treinamento esportivo envolve uma série de habilidades e competências e a boa relação entre todas elas é quem determina a sua qualidade. Podemos relacionar fatores inerentes à área biológica como a anatomia, que é o estudo dos componentes morfológicos do corpo humano, a bioquímica que estuda as interações entre produção de energia, respostas hormonais e ações enzimáticas, a nutrição esportiva que estuda como evoluir atletas e praticantes de exercícios a partir da maneira como se alimentam, a fisiologia do esforço que estuda a dinâmica do funcionamento do corpo humano, interações bioquímicas e biofísicas e como são alteradas em função do treinamento, dieta, sono, distúrbios e doenças. Há também a cinesiologia e biomecânica que estudam os movimentos humanos e como melhorá-los, que também tem uma íntima relação com a fisiologia. Todas estas áreas do conhecimento são a base do treinamento desportivo, que estuda formas de aplicação mais favoráveis a um desenvolvimento mais expressivo e mais seguro ao indivíduo que se submete a ele.
            Esses princípios do treinamento não servem apenas para atletas, mas sim, para todos que tem um objetivo físico a ser alcançado através do exercício, seja ele, um ganho de massa muscular, a perda de gordura (para se sentir bem com o corpo ou até para se tornar um culturista), o tratamento de doenças metabólicas e estruturais, ou seja, se houver um objetivo físico almejado, os princípios do treinamento desportivo devem ser respeitados de acordo com o conhecimento baseado em comprovações científicas. Isto não só potencializa os resultados, mas também, garante a segurança do praticante.

Qualidades e capacidades de um bom treinador/professor

            Além disso, um treinador competente deve ter uma constante atualização dos conhecimentos citados acima, dedicação pessoal para aperfeiçoar sua utilização, uma boa capacidade de raciocínio e pensamento clínico para saber como aplicá-los a cada indivíduo e, se possível, uma vasta experiência profissional e pessoal com o treinamento com o qual trabalha.

Anamnese e periodização - Planejamento

            As variáveis que compõem um treinamento são inúmeras como carga, intensidade, volume, freqüência (treinos/semana), dias de descanso passivo (sem treino), descansos ativos (treinos leves ou recreativos). Não existe um modelo certo, mas sim a conexão entre estas variáveis dentro de um planejamento coerente para atingir um resultado num período de tempo pré-determinado, o que chamamos de periodização.
            Como exemplo, sempre perguntam se é melhor realizar mais ou menos repetições, utilizar mais ou menos carga, realizar o exercício mais ou menos vezes e quantas vezes por semana... e a única resposta correta é: DEPENDE!!! Depende de quem vai fazer, de qual é o objetivo, depende da dieta que o indivíduo segue, da qualidade e da quantidade do sono, do estilo de vida, do nível de estresse em relacionamentos pessoais e no trabalho e, principalmente, da motivação individual para se esforçar nos treinos, modificar estilos de vida, seguir a sua dieta... tudo isso é a base para uma boa periodização.
            Logo, o primeiro passo para um bom treinamento é saber quem é o seu aluno ou atleta e até onde ele quer chegar. Isto só pode ser conseguido através de uma conversa muito franca entre o treinador ou professor e o aluno para traçarem um objetivo juntos, o que chamamos de anamnese. Lembrando que o objetivo é sempre o do aluno, o que cabe ao treinador é criar estratégias para alcançá-lo. Uma boa anamnese é a primeira grande chave para um bom treinamento.
            Ao planejar a intervenção, o treinador deve explicar ao aluno o que deve ser feito e como deve ser feito (de acordo com o conhecimento científico), verificar se ele tem capacidade para realizá-lo e motivação para isto, e caso não tenha, se está disposto a superar-se. Caso negativo, o objetivo e a intervenção deverão ser mudados para alguma atividade que a pessoa queira fazer, desde que o aluno esteja ciente das prováveis conseqüências de realizar um trabalho incoerente com o objetivo inicial, como por exemplo não ter seu objetivo alcançado nem em menor escala. Isto nada mais é que respeitar a individualidade, um dos princípios mais importantes do treinamento físico.

Realidade das academias quanto à qualidade na prestação do serviço

            A maior falha nas academias começa aí. Quantas vezes uma boa anamnese é realizada? Na maioria dos casos esse procedimento consiste em verificar se há alguma doença associada. É perguntado o objetivo da pessoa e esta é enviada para o seu aquecimento e/ou alongamento enquanto o professor monta a sua planilha de treinamentos sem a participação efetiva do aluno e sem explicar a estratégia pretendida. Ou seja, o aluno não sabe o que será feito nem o porquê, não tem o poder de opinar sobre o treinamento e sai da academia sem saber se o que faz é realmente seguro e  eficaz. Isso sem falar que muitas das vezes a anamnese não é repetida nas trocas de treino, chegando ao absurdo de o aluno chegar na academia e a prescrição estar pronta, faltando apenas executar os exercícios.
            Muitas vezes, o professor, simplesmente reproduz o que já viu seus colegas fazendo, ou aprendeu em algum curso e sabe que dará certo, porém sem entender os meios de ação. O que em muitos casos funciona, mas caso dê errado, dificilmente saberá consertar, pois só conseguirá detectar a falha se conhecer profundamente o que está fazendo. Além disso, também não saberá aplicar em públicos com limitações.
Diante do avanço da ciência, alguns conhecimentos chegam às academias, porém existem dificuldades para colocá-los em prática. Como exemplo, há alguns anos, muitos acreditavam que realizar agachamentos profundos era muito perigoso para o joelho, porém, hoje, em boa parte das academias, os professores sabem que este é muito mais seguro que o agachamento parcial. Sabe-se também que a realização de treinos mais intensos e mais curtos na musculação é mais eficaz do que treinos volumosos com cargas baixas. Outro fato que tem vindo à tona é que o exercício aeróbio é muito pouco efetivo para o emagrecimento, principalmente se comparado à musculação intensa ou treinos mais anaeróbios na ergometria.
            Porém, estes conhecimentos que deveriam melhorar as prescrições de exercícios, podem até piorar, se mal utilizados, pois muitos os utilizam sem conhecerem suas bases e sem um pensamento clínico. Por exemplo: é frequente verificar que um treinamento prescrito para um aluno motivado, que dorme bem e tem uma dieta favorável ao treinamento também é utilizado para um aluno igualmente motivado a treinar, mas, que dorme mal, tem uma vida noturna agitada, consome bebidas alcoólicas e se alimenta três vezes ao dia. Será que o treinamento pode ser o mesmo para os dois?
Em face das evidências de que treinos mais curtos e intensos são mais eficazes, é comum observar as pessoas realizando mais esforço nas academias e passando menos tempo nela, porém a freqüência de treinamento parece muito negligenciada. Será que uma pessoa irá se recuperar de um treino pesado no mesmo período de tempo em que se recuperava de treinos leves? Será que poderá realizar oito tiros de velocidade máxima na esteira todos os dias, assim como fazia com os aeróbios de meia hora? Será que funcionará? Será que é seguro agir desta forma? Será que o conhecimento está sendo bem aplicado? A aplicação da Educação Física está evoluindo ou “involuindo” com novos conhecimentos?
               

Por que contratar um treinamento personalizado? Compromisso com o resultado e com a segurança

            O bom treinador se compromete com as metas de seus alunos. Isto não quer dizer que basta o aluno treinar bem para ter seus objetivos alcançados. Além disso, existem os fatores: sono, dieta, estilo de vida, estresse e, inclusive, limitações individuais. O compromisso está em realizar um bom planejamento, motivar o aluno para que realize tudo como deve ser feito e caso o resultado não seja o esperado, ter a capacidade de descobrir possíveis falhas e corrigi-las.
            Deve ter o compromisso de estar em contato com todos os profissionais de saúde envolvidos no objetivo como nutricionistas, médicos, fisioterapeutas, psicólogos, para que possam agir em conjunto e oferecer o melhor serviço possível ao bem estar, saúde e qualidade de vida de quem investe em si.
            O preço do investimento pode parecer caro à primeira vista, porém, deve-se  compreender que é um serviço de excelência em saúde. Todo padrão de vida elevado tem seus custos. Frequentadores de festas badaladas chegam a gastar mais de R$ 500 reais num final de semana com bebidas, ingressos, hospedagens. Apreciadores da culinária e de vinhos chegam a pagar mais de R$ 300,00 em uma só refeição. Consultas médicas, nutricionais, dentre outras, custam em média R$ 250,00. Pessoas muito consumistas gastam milhares de Reais num simples passeio ao shopping. Se levarmos isto em consideração, um treinamento personalizado não é caro. Principalmente porque não é um investimento só em estética, mas sim em saúde e qualidade de vida, poupando futuros gastos com hospitais e remédios e prevenindo contra doenças cardíacas, hipertensão, diabetes, osteoporose, entre muitas outras. O treinamento e seus princípios estão aí para elevar a qualidade de vida de todos, desde que bem planejado e bem acompanhado por um profissional competente e habilidoso.

Fonte: TrustSports

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Visceral ou localizada? Identificar tipo de gordura facilita escolha de tratamento

Gorduras apresentam causas, consequências e tratamentos diferentes.

Por estética, não importa o tipo de gordura corporal que se tem, ambas incomodam muito. Mas para a saúde, é essencial identificá-las. Segundo especialistas, existem dois tipos de gorduras: a visceral e a localizada, que podem ter causas, consequências e tratamentos diferentes.
A endocrinologista do Centro Clínico da PUCRS Patrícia Santafé explica que os tipos de gorduras se diferenciam pela localização em que se encontram no corpo. A considerada mais grave é a gordura visceral (intra-abdominal), pois envolve os órgãos do abdômem.
— A gordura chamada visceral é aquela que leva à Síndrome Metabólica, pois propicia o desenvolvimento de doenças como pressão alta, diabetes, colesterol alto. Em compensação, a localizada não é uma patologia, é muito mais estética.
A localizada encontra-se abaixo da pele, por isso também é chamada de gordura subcutânea. Patrícia afirma que uma das formas de identificar esse tipo de gordura é pelos "pneuzinhos" na barriga ou nas costas e pela flacidez. A gordura localizada também é responsável pelo famoso culote nas mulheres.
Segundo a endocrinologista, os dois tipos de gorduras podem aparecer juntos, como é o caso das pessoas obesas.
— Algumas vezes, a pessoa pode até não parecer gorda, mas tem esteatose hepática, que é a gordura no fígado, que é causada, entre outras coisas, pelo uso abusivo de álcool — afirma Patrícia.
Tanto a gordura visceral quanto a localizada podem aparecer em homens ou mulheres, mas elas apresentam uma tendência maior a desenvolver a gordura localizada. Segundo a endocrinologista a causa disso pode ser os hormônios femininos progesterona e estrogênio. Os homens, ao contrário, possuem a testosterona (produzida naturalmente pelo organismo), um hormônio conhecido pela ação anabolizante, o que dificulta a formação da gordura localizada.
A forma mais segura de identificar o tipo de gordura corporal é através de exames clínicos, como a medida da circunferência abdominal (máximo 94cm em homens e 82cm em mulheres). Buscar ajuda médica é essencial principalmente nos casos de gordura visceral, quando é necessário tratar as doenças que estão causando o acúmulo de gordura ao redor dos órgãos.
Em ambos casos, o tratamento envolve reeducação de hábitos alimentares e mudanças no estilo de vida. Confira as diferenças:
GORDURA VISCERAL
O que é
É a gordura intra-abdominal, ou seja, ela se mistura aos órgãos do abdômem.
Causas
A gordura visceral está relacionada a fatores como obesidade, genética (histórico na família de diabetes, dislipedemia, hipertensão), sedentarismo, dietas ricas em gorduras e ingestão de álcool.
Riscos
Doenças cardiovasculares, hipertensão, síndrome metabólica, diabetes, entre outras.
Tratamento
Pessoas com gordura visceral devem ter acompanhamento médico, pois é preciso tratar as doenças que levam ao surgimento dessa gordura e as causadas por ela. Exercícios físicos e reeducação alimentar (adoção de uma dieta pobre em gordura e rica em fibras, que diminuiu a absorção da gordura) fazem parte do tratamento.
GORDURA LOCALIZADA
O que é
É a gordura que fica abaixo da pele, chamada subcutânea. Pode ser identificada pelos"pneuzinhos" na barriga ou nas costas, pela flacidez ou culote, nas mulheres.
Causas
Esse tipo de gordura também pode estar relacionado a maus hábitos alimentares e sedentarismo, mas sofre grande influência da étnica e do biotipo da pessoa.
Riscos
Não há riscos diretos para a saúde. É mais preocupante esteticamente.
Tratamento
Muitos casos podem ser resolvidos com reeducação alimentar e exercícios físicos. Porém, dependendo da região, alguns tratamentos estéticos locais como lipoaspiração, eletrolipo, drenagem ou massoterapia, também são necessários.

Fonte: Zero Hora


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Saiba como a água pode ser sua aliada na perda de peso

Água pode ajudar a aumentar massa muscular e traz sensação de saciedade

Além de cumprir uma extensa lista de funções vitais ao organismo, a água desempenha um papel fundamental na manutenção e perda de peso. Segundo a nutricionista da Vitta Exercício e Clínica de Saúde, Denise Pinto, quando combinada a bons hábitos alimentares, a água pode ajudar a aumentar massa muscular e traz sensação de saciedade, evitando que se coma demais.
De acordo com a especialista, aliada à alimentação saudável e à prática de exercício físico, a água consumida adere ao compartimento intracelular do músculo, resultando no aumento da massa muscular.
— Isso faz com que a nossa taxa metabólica basal (quantidade de calorias que o corpo utiliza em repouso para o funcionamento dos órgãos) aumente. Ou seja, vamos queimar mais calorias quando estivermos em repouso — explica Denise.
Segundo ela, confundir sede com fome é muito comum, e a maioria das pessoas opta por comer ao invés de beber um copo de água. Por isso, ela recomenda:
— Sempre que você sentir aquela fome de repente, beba água para ver se não é sede.
Esse hábito promove ainda uma maior sensação de saciedade. Ter uma garrafinha de água por perto, e beber com frequência evita que você busque um doce ou outro alimento calórico.
Preferir a água gelada também é uma forma de queimar calorias. Segundo a nutricionista, o organismo precisa trabalhar mais para que a temperatura corporal seja restabelecida.
— Entretanto, a queima é mínima, em torno de uma caloria por litro de água ingerida. Por isso, devemos tomar bastante água ao longo do dia — orienta Denise.
No entanto, conforme a especialista, existem alguns momentos em que a água pode mais atrapalhar do que ajudar. É o caso das refeições, quando o consumo deve ser moderado.
— Nas refeições, como o almoço e jantar, consumimos alimentos ricos em proteínas, fibras e carboidratos. Quando ingerimos muito líquido junto, o nosso estômago tende a aumentar. Esse aumento faz com que possamos comer cada vez mais, aumentando assim o peso.
PREJUÍZOS DA FALTA DE INGESTÃO DE ÁGUA
:: Dificulta a regulação da temperatura corporal
:: Reduz a lubrificação das articulações
:: Compromete o transporte de vitaminas e minerais para as células
:: Dificulta o trabalho dos rins que filtram as toxinas do nosso organismo
QUAL A QUANTIDADE DIÁRIA RECOMENDADA DE ÁGUA?
:: Recomenda-se que para cada 1000kcal devemos ingerir um litro de água. Ou seja, se tenho uma dieta de 2000kcal, devo então ingerir 2 litros de água/dia.

Fonte: Zero Hora


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

CELULITE

( Escrito por RGNutri )

1. Quais as causas da celulite?
A celulite ou Lipodistrofia Ginóide, como é denominada cientificamente, é causada por um conjunto de fatores, como:
  • predisposição hereditária
  • alterações enzimáticas e hormonais
  • sedentarismo
  • fumo
  • hábitos alimentares inadequados
  • alterações circulatórias
Estes fatores podem levar a um acúmulo de líquidos e metabólitos nas células de gordura, provocando uma modificação da textura do tecido subcutâneo e, posteriormente, uma irregularidade da superfície da pele, que leva ao aspecto visual de "casca de laranja".
2. Por que a incidência é maior entre as mulheres? Em que faixa de idade ela se manifesta mais? Por quê?
Apesar da celulite poder aparecer em todas as idades e em ambos os sexos, na maior parte das vezes ocorre nas mulheres, sendo em média 95% acometidas e, principalmente, nas fases sujeitas a alterações hormonais, como puberdade, gravidez e menopausa, pois estão diretamente relacionadas com fatores de alterações hormonais, uma vez que estes comandam mudanças na circulação sangüínea, na drenagem linfática, na gordura e no tecido conjuntivo, provocando a formação da celulite.
3. É possível eliminar ou atenuar a celulite com mudanças na alimentação?
O excesso de peso está relacionado com uma piora da celulite, portanto, deve-se evitar estar acima do peso ideal. A celulite é um processo progressivo e ainda sem cura, porém pode ser substancialmente atenuada com um programa de nutrição aliada a exercícios físicos. Cabe ressaltar que com o aumento do peso a celulite aparece mais, pois as células gordurosas, em maior quantidade, acentuam o “repuxamento” das fibras. Quando o acúmulo de gordura ocorre de forma excessiva ocorre compressão dos vasos sangüíneos e linfáticos, levando à formação de edema (inchaço) e fibrose. Nesta situação, a celulite se torna mais grave, formando áreas endurecidas e nodulares. Em alguns casos, ocorre inflamação e dor local.
4. Quais seriam essas mudanças? Eliminar as gorduras? Reduzir os carboidratos?
O mais importante é a mudança dos maus hábitos alimentares, que além de comprometer a saúde leva ao aumento do peso. Quando ingerimos uma quantidade de calorias maior do que consumimos, estas são estocadas em forma de gordura. Os carboidratos, principalmente aqueles ricos em açúcar refinado e/ou gordura, levam ao aumento de peso e conseqüente agravamento do quadro da celulite. À noite, é preciso tomar mais cuidado com a alimentação, pois o organismo gasta menos energia e por conta disso acaba armazenando todo o excesso de calorias em forma de gordurinhas.
O equilíbrio da dieta é a melhor maneira de conseguir e manter um peso saudável, o que ajuda, e muito, no controle da celulite. Uma dieta antioxidante, à base de frutas, verduras, legumes e bastante água é muito bem vinda para quem sofre com a celulite, mas é importante ressaltar que deve-se incluir algumas fontes de proteína como, carnes magras, queijos magros, leite e iogurte desnatados e, que mesmo em quantidades controladas, os carboidratos devem estar presentes, de preferência com fibras em sua composição: pão integral, arroz integral, cereais matinais não açucarados e aveia.
5. Por quanto tempo essas orientações devem ser seguidas?
As pessoas precisam mudar seus conceitos em relações ao que significa a palavra dieta, que deveria ser entendida como um processo de melhora da saúde como um todo, sendo a perda de peso uma conseqüência. É para ser vista como uma nova rotina para a vida toda e não como uma tentativa desesperada para emagrecer ou alcançar o objetivo, e ainda com prazo para terminar. Caso as mudanças não sejam incorporadas nos hábitos da pessoa, voltará a ter os mesmos problemas do início. No inicio, a dieta pode parecer um pouco mais difícil, pois deverá eliminar os excessos de açúcar e de sal, assim, como incluir boas porções de hortaliças e frutas com uma boa hidratação (água pura). Depois que os hábitos já estão incorporados, alguns "pecadinhos" como doces e pizza são bem tolerados pelo organismo com 5 ou 6 dias de intervalo.
6. Quantas calorias diárias poderia consumir, no máximo?
As necessidades calóricas são extremamente individuais, variam com a idade, sexo, peso, altura e atividade física. O ideal é procurar um nutricionista que indicará suas necessidades energéticas de acordo com seus objetivos.
7. Quem faz exercícios precisa de complementação?
Uma dieta equilibrada irá fornecer todos os nutrientes necessários ao organismo. Quando a atividade física é intensa, as necessidades se tornam maiores, porém na maioria dos casos não há necessidade de suplementação, a menos em algumas circunstâncias especiais, como para atletas de elite. A prescrição deve ser feita por um nutricionista ou médico, de acordo com as individualidades da pessoa.
8. É importante considerar o grau da celulite? Verdade que fica mais fácil combater as de graus 2 e 3?
Os graus mais leves respondem melhor às mudanças no estilo de vida. Já os graus mais avançados exigirão as medidas já citadas e tratamentos mais específicos.
9. Quais são os nutrientes que ajudam a lutar contra o problema? Quais são os efeitos de cada um no organismo?
Nenhum nutriente específico tem efeito diretamente sobre a celulite, comprovado cientificamente, uma vez que sua causa é multifatorial.
· selênio – é um antioxidante que atua em sinergismo com a vitamina E no combate aos radicais livres, tem com fontes principais: aipo, alho, cebola, atum, brócolis, pepino, repolho, fígado, frango, frutos do mar, gema de ovo, leite, cereais integrais (arroz, trigo, aveia, cevada), e especialmente a castanha-do-pará. As frutas normalmente são pobres em selênio, porém podem ser fonte desse nutriente, se o solo for adubado ou previamente rico em selênio.
· potássio – auxilia na manutenção do equilíbrio de líquidos dentro e fora das células do organismo. As frutas fontes desse mineral são abacate, banana, frutas cítricas e secas, grãos integrais e em quase todos os vegetais.
· ferro – é um elemento que compõe a hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de oxigênio e gás carbônico no sangue. Suas principais fontes são carnes, vísceras, gema de ovo, leguminosas (feijão, lentilha, soja, grão-de-bico) e vegetais verde escuro.
· zinco – é útil na ação metabólica de enzimas, exerce função fundamental para crescimento celular, cicatrização, paladar e apetite. As principais fontes de zinco são carne bovina, peixes, frango, grãos integrais, castanhas, cereais, legumes e batatas.
· iodo – faz parte da estrutura química dos hormônios tireoidianos, que aceleram as reações celulares em praticamente todos os órgãos e tecidos. Suas principais fontes são todos os peixes marinhos (todos) e frutos do mar, além do sal que é iodado.
· vitamina E – Importante antioxidante, suas fontes principais são germem de trigo, nozes, castanhas, óleos vegetais, principalmente óleo de girassol, milho e soja.
· vitamina B12 – é essencial para o funcionamento correto de todas as células do organismo, especialmente aquelas do trato gastrintestinal, tecido nervoso e medula óssea. Está envolvida no metabolismo das gorduras, carboidratos e proteínas. Fontes: todos os produtos de origem animal: carne, leite e derivados, ovos, peixe.
· ácido-graxo Ômega-3 – Melhora a circulação. Fontes: peixes marinhos gordurosos (arenque, salmão), óleo de linhaça.
· magnésio – melhora a digestão, em especial das gorduras. Fontes: brócolis, alcachofra, feijão.
· hortaliças e frutas com efeito diurético - as folhas e algumas frutas, como melão, melancia, abacaxi, maracujá e acerola, provocam o efeito diurético, de maneira natural, ou seja, podem controlar as quantidades de água do nosso corpo e por isso evitam a retenção localizada que agravam a aparência da celulite.
· substâncias apimentadas – condimentos como gengibre, chili, pimenta-do-reino, páprica – estimulam o metabolismo.
 10. Quais desses alimentos de fato funcionam contra a celulite e quantas vezes precisam entrar no cardápio?
Recomenda-se, habitualmente, às pessoas com celulite ou que desejam preveni-la, que façam uma dieta incluindo muitas frutas frescas, verduras e legumes e deixando de ingerir bebidas alcoólicas. Os alimentos menos calóricos e mais ricos em vitaminas, fibras e minerais são bem vindos, pois são reguladores do processo de produção de energia, além de diminuir a absorção de gordura dos alimentos e controlar a regeneração de tecidos, mantendo a pele mais saudável e tonificada. Deve-se beber no mínimo dois litros de água por dia para hidratar o corpo, este procedimento ajuda na eliminação de toxinas pelos rins e auxilia no tratamento da celulite. Faça várias refeições ao dia em pequenas porções. Facilita a digestão. Seu apetite será menor e o organismo mandará menos reservas para os depósitos de gordura. Mastigue bem os alimentos. Este processo permite que a chegada do alimento ao estômago seja lento. Isto implica em maior tempo para o órgão enviar mensagens para o cérebro diminuindo a vontade de comer mais.
11. Existem alimentos que favorecem o aparecimento da celulite? Quais?
Doces e alimentos gordurosos consumidos regularmente ocasionam o agravamento da celulite. Um aspecto importante são as substâncias alimentares retentoras de água, que podem aumentar o problema da celulite. Essas são compreendidas pelo sódio, presente em grandes quantidades no sal, alimentos processados e molhos como shoyo e inglês. A lactose (açúcar do leite) também pode exercer esse papel, devendo esse ser consumido com moderação. Prefira iogurtes e queijos que possuam teor de lactose diminuídos.
12. Há hábitos que fazem o mesmo, ou seja, jogam contra essa dieta?
Sedentarismo, tabagismo, uso de bebidas alcoólicas e stress podem potencializar os efeitos da celulite.

Fonte: http://www.educacaofisica.org

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Emagrecimento e Perda de Peso

Emagrecer significa reduzir o volume de gordura das células adiposas do corpo. Perder peso é o desequilíbrio ou redução da massa corporal (perda de peso total) verificada por meio de balança. A perda de peso relaciona-se com a perda de gordura corporal e outros tecidos.
Emagrecer nem sempre esta acompanhado ou relacionado com a perda de peso total, o emagrecimento verifica-se por meio de testagem com equipamentos e técnicas especiais do tipo: adipômetro, futrex, bioimpedância, pesagem hidrostática, dentre outros. Podemos emagrecer sem perder peso ou mesmo aumenta-lo, durante o processo de treino, principalmente por meio da musculação a qual beneficia ganhos em massa muscular sangue e líquidos corporais, que são constituintes da massa corporal magra ou livre de gordura.
Na maioria dos casos de treinamentos, exemplificado aqui pela musculação, observa-se perda de massa corporal gordurosa com pouco ou nenhuma perda de peso corporal total. Diga-se de passagem, que a manutenção ou o aumento do peso corporal é objetivada, nos casos de pessoas com baixo peso muscular e corporal total, e por atletas de elite. Tenho encontrado com certa freqüência pessoas com peso corporal dentro dos padrões do I.M.C (índice de massa corporal) porém com percentuais de gordura extremamente elevados, ou seja pessoas obesas apesar de estarem dentro dos padrões recomendados.
O oposto também é verdadeiro, ou seja pessoas com peso corporal total dentro ou acima dos padrões do I.M.C, com elevada massa muscular e baixo nível de gordura, ou seja indivíduos magros apesar de estarem pesados. Outra situação não menos intrigante é de indivíduos com baixo peso corporal e com percentual elevado de gordura sobretudo sedentários, as quais não são menos obesas do que aquelas citadas no primeiro exemplo deste parágrafo.
Há uma necessidade de maior individualização para prescrição de trabalhos visando emagrecimento, exatamente para que não sejam cometidos excessos nutricionais e de treinamentos. Devemos saber de forma mais apurada possível, qual a situação física e nutricional do indivíduo na atualidade. Levar em consideração apenas o desejo pessoal em atingir determinado peso corporal, assim como, seguir tabelas que foram desenvolvidas na sua maioria em países com outro perfil populacional, e principalmente há uns trinta anos passados, é um grande equívoco. Primeiramente precisamos determinar o perfil de gordura corporal e compara-lo com tabelas por faixa etária e sexo.
Segundo, não devemos tentar relacionar o peso corporal com índices de massa corporal, única e exclusivamente. A observação do perfil dos caracteres sangüíneos tais como: colesterol total, HDL, LDL, numero de emacias, glicose sangüínea, e atividade física praticada, e o estado de saúde geral, é o que mais importa para garantir possíveis correções em tempo útil, nos elementos degradantes da saúde como um todo. É bastante normal encontrar-mos pessoas comuns e atletas sadios, com percentuais de gordura mais elevados, assim como, pessoas magras com problemas sérios de saúde. A aparência ou a forma física, não são elementos confiáveis para julgar padrões de saúde.
Os extremos não devem nunca servir como referência. A busca pelo equilíbrio físico, social, e espiritual deve ser permanente, e esta será mais atrativa aos componentes motivacionais, pelo fato de não ser algo superficial ao homem. Uma observação importante, é que não devemos classificar nenhum indivíduo como necessitando principalmente de perder peso (atitude em moda na atualidade), antes de estar-mos com os devidos resultados de testes padronizados e aceitos cientificamente. Qualquer atividade física emagrece, por utilizar energia para a sua realização.
Independe do tipo de trabalho físico que seja realizado, aeróbio ou anaeróbio, o fato é que nenhuma atividade física engorda. Em pesquisas citadas por Niemam; 1999, o conjunto de atividades aeróbias, atividades com pesos e dieta, foram as que mais reduziram o peso corporal. Apesar desses dados, o controle alimentar é o primeiro passo para aqueles que necessitam perder peso. O controle dietético torna-se a mais indicada e eficiente forma para redução do peso corporal nos obesos, principalmente porque estes indivíduos não possuem uma capacidade física privilegiada, assim como, é mais fácil estimular o indivíduo a realizar dietas do que exaustivos treinos.
A perda de peso experimentada pelos obesos em atividades físicas aeróbias combinada com dieta, assim como atividades com pesos e dieta, é menor comparada a somente dieta. Não devemos negar a importância do exercício físico para melhorias e prevenção das condições de saúde, por este motivo o mesmo não deve ser omitido dos programas para estimular a perda de peso.
Devemos ficar cientes, de que as atividades físicas devem ser o elemento coadjuvante e não o principal, no controle sobre o peso corporal. Nunca esqueça, de que o importante é levar um estilo de vida mais ativo e constante durante todo o ciclo de vida. Visando um melhor controle, sobre a gordura corporal, e hábitos saudáveis nutricionais, busca-se na atualidade o auxílio nos conhecimentos firmados da educação física, da nutrição e da medicina.
"Buscar caminhos apenas visando padrões estéticos divulgados pala mídia é um erro." Encontrar um estilo para viver, objetivando melhorias permanentes na qualidade de vida, é neste ponto onde situa-se o encontro ou a chave da felicidade, ou seja, do equilíbrio orgânico e da plenitude espiritual.
(Profº Luiz Carlos Chiesa CREF 000069-G/ES)

FONTE: http://educacaofisica.org

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Mistura perfeita (Ginástica e Musculação)

Houve uma época em que a turma que fazia ginástica localizada e o grupo da musculação não se bicavam. Quem frequentava as aulas coletivas não chegava nem perto dos aparelhos e vice-versa. Hoje em dia, no entanto, as modalidades andam juntas. Os pesos já se tornaram comuns na ginástica e os exercícios livres integram as séries da musculação com cada vez mais frequência. Especialistas dizem que este caminho do meio é o melhor, tanto para aprimorar a saúde quanto para obter bons resultados estéticos.
A localizada e a musculação têm, grosso modo, o mesmo objetivo: trabalhar força e resistência muscular, gerando hipertrofia. Mas, claro, para quem quer ganhar massa muscular, a musculação é bem mais eficiente. E rápida.
— A musculação cria condições ergonômicas de isolar a musculatura a ser trabalhada com mais eficiência e segurança — explica César Pardas, diretor e supervisor de atividades coletivas da rede Proforma. — Com isso, dá para executar o movimento com muito mais sobrecarga do que com o peso livre e o ganho de força e a hipertrofia são maiores.
Localizada queima mais calorias
Porém, explicam especialistas, o uso de pesos livres nas aulas de ginástica faz com que vários grupamentos musculares sejam trabalhados ao mesmo tempo. Coordenação e equilíbrio são exigidos, ao lado de força e resistência, gerando ainda um trabalho cardiorrespiratório. Por isso, ficamos ofegantes na localizada, o que raramente ocorre nos aparelhos. O gasto calórico é superior.
— Com o peso livre a vantagem é trabalhar não apenas o motor primário daquele movimento (um músculo determinado), mas todos os chamados estabilizadores, como os do abdômen e da lombar — afirma Felipe Barboza, professor de ginástica localizada da Estação do Corpo. — São mais músculos trabalhando ao mesmo tempo, o que aumenta o gasto calórico, e executando movimentos mais próximos dos do dia a dia.
O trabalho na musculação, por sua vez, é mais específico, uma vez que as séries são individualizadas. Numa aula coletiva, isso é bem difícil. Mas o grupo em si é uma grande vantagem da localizada, como apontam os próprios alunos. A aula com música e interação com colegas e professor é divertida e estimulante.
— Para você ter uma idéia, sou responsável por 1.800 professores e raramente ouço queixas sobre técnica, exercício — conta Eduardo Netto, diretor-técnico da rede Abodytech. — Uma das principais reclamações que recebo é sobre música, se o cara repete muito, se não escolhe bem. Para você ver como isso é importante. E tem toda a questão do social, do coletivo. As pessoas gostam de treinar juntas. Uma acorda a outra para ir à aula. Na musculação, o cara passa pela roleta com o Ipod no ouvido, não fala com ninguém, treina só.
De modo geral, a ginástica localizada é mais completa que a musculação. Para quem só tem tempo de fazer uma hora de aula, três vezes por semana, é melhor optar pela localizada, que reúne um pouco de tudo. Mas este, justamente, pode ser seu ponto fraco.
— A ginástica tem exercícios mais globais, gasto calórico mais elevado, solicitação cardiorrespiratória, é mais equilibrada — confirma o professor Marcelo Cabral, da musculação da Proforma. — Mas precisa ser complementada também. Como passa um pouquinho por tudo, não é tão eficiente no ganho muscular, por exemplo, nem no condicionamento aeróbio mais avançado.
O ideal é combinar as modalidades, de acordo com as necessidades de cada um e os objetivos do treinamento. A tendência já é comum nas principais academias.
— Exercícios clássicos da ginástica estão na sala de musculação. As coisas estão se misturando — atesta César Parcias. — Num primeiro momento, a ginástica começou a trabalhar com mais peso. Agora, a musculação incorpora exercícios da ginástica.
Séries com pesos livres, caneleiras, bolas, cordas e bosu são cada vez mais freqüentes na musculação. Muitas séries hoje têm mais de 50% dos chamados exercícios funcionais — aqueles que simulam atividades do cotidiano, bem diferente dos feitos nas máquinas. As aulas de ginástica, que completam este ano 80 anos de prática regular no Brasil, também mudaram.
— No início, as aulas de ginástica, era aquela coisa militarista, a repetição pela repetição, sem base científica — conta Felipe Barboza. — Aí veio o boom das aulas de aeróbica, nos anos 80. Hoje, a aula de ginástica está mais lenta, com mais sobrecarga, sem perder a coletividade, a musicalidade, que é o que mais atrai os alunos.
As duas atividades podem, e devem ser complementares.
— Por muito tempo, houve uma coisa muito diferenciada entre musculação e localizada. Quem fazia uma dificilmente fazia outra — diz Marcelo Cabral. — Hoje mudou bastante. As atividades são complementares. O problema maior é a falta de comunicação, quando não há ajustes.
Em muitos casos é possível recomendar para um aluno que faz localizada, dois ou três aparelhos de musculação, para atender a uma necessidade específica. Caso clássico é a parte interna da coxa e das costas, mais difíceis de serem trabalhadas nas aulas coletivas.
— Nenhuma atividade é milagrosa, 100% completa — resume Parcias. — A melhor é a que é feita com prazer. Não há nada melhor do que treinar motivado. O legal é montar um programa complementando a atividade escolhida pela pessoa com outros exercícios focados em aspectos não trabalhados por ela.

Fonte: CONFEF
 

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Equipamentos Nada Sarados na Academia


 Você vai à academia para ficar sarado? Pois pode sair dela doente, se não tomar cuidados com a limpeza dos equipamentos. Pesquisa desenvolvida no Centro Integrado de Diagnóstico da Universidade Gama Filho (UGF) em estabelecimentos das zonas Norte e Oeste do Rio alerta para a presença de micróbios nos aparelhos destinados aos exercícios físicos. Após coleta de 27 amostras em colchonetes, selins de bicicletas e outros equipamentos, o estudo coordenado pelos pesquisadores João Carlos Tórtora e Adriana Pereira detectou a existência de indicadores de contaminação em 44,4% das análises. Fungos, vírus e bactérias — como coliformes fecais — foram encontrados em grandes concentrações em alguns equipamentos. “Chegamos a diagnosticar mais de 1.600 micro-organismos por cm² em alguns selins”, revela João Carlos, lembrando que a concentração de 100 bactérias ou fungos por cm² já é considerada carga microbiana excessivamente alta.
O ambiente normalmente fechado das academias e o suor proveniente da atividade física colaboram para a proliferação dos micro-organismos. “O ideal é que cada um tenha um colchonete, uma capa de selim e ainda tome banho antes e depois das atividades. Os equipamentos também precisam ser limpos com hipoclorito de sódio (água sanitária) ou álcool a cada utilização”, frisa o estudioso.
Conjuntivite, infecções intestinais, faringite, micoses e piodermites (furúnculos) são algumas das infecções que podem ser contraídas pelo contato. Nas academias da cidade, não é raro encontrar quem já tenha passado pela experiência desagradável. “Sempre fui adepta de esportes. Antes de me formar professora de Educação Física, passei por vários lugares e, em muitos, a limpeza não era a ideal. Cheguei a contrair micose nas costas e na barriga após aulas de abdominais sobre colchonetes”, revela uma das sócias da Academia Flex Gym, na Tijuca, Débora Ribas (CREF 016358-G/RJ).
Atualmente, uma das principais preocupações de Débora é justamente a limpeza de sua academia. Ela e a sócia, Ana Maria Dalbello, compram produtos especiais, utilizados em limpeza hospitalar, para a higiene do local. “Gastamos R$ 300 por cada galão de 5 litros. O produto não tem cheiro e é feito à base de hipoclorito de sódio”, conta.
A limpeza da Academia Delfim, também na Tijuca, foi um dos fatores que levaram o empresário Paulo Peixoto, 49, a escolher o local para fazer suas atividades físicas. “Malho há mais de 20 anos, passei por oito academias. Já vi muita falta de higiene. E sempre tive a preocupação de limpar os equipamentos antes de utilizá-los”, explica.
Segundo João Carlos Tórtora, a vida útil dos panos utilizados na descontaminação dos aparelhos e colchonetes é de aproximadamente seis horas. “O ideal é que as academias oferecessem papéis-toalha descartáveis com álcool. Como isso não ocorre, a troca dos panos deveria ser feita duas vezes por dia ou a cada três utilizações”, afirma.
Falta de regulamentação específica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que determine limites toleráveis de contaminação ainda é o principal desafio a ser superado. Segundo a Anvisa, a orientação é para que as academias tenham instalados borrifadores com álcool perto dos aparelhos. “Fazemos apenas fiscalizações e investigações sobre as condições de higiene”, informou, em nota, a assessoria de imprensa da Anvisa.
A pesquisa da Universidade Gama Filho não foi autorizada em diversas academias da cidade sob a alegação de que elevada contaminação poderia ser encontrada, dada a impossibilidade de manter equipamentos e aparelhos limpos na existência de um grande fluxo de usuários.
Homens resistem ao hábito da limpeza
A limpeza dos aparelhos e colchonetes antes e depois da utilização ainda é vista com certo preconceito por muitos homens que frequentam academias. Alguns afirmam não ter qualquer preocupação com a higiene dos equipamentos, mesmo conhecendo os riscos de contrair doenças de pele. “Não tenho o costume de limpar nada. Acho tudo isso uma grande frescura”, opina André Caetano (CREF 026629-G/RJ), professor de Educação Física.
Entre as mulheres, a realidade é diferente, principalmente para as que realizam atividades aeróbicas. “Saio da aula de ginástica localizada para o salão de musculação. Imagina se eu não limpasse os aparelhos antes e depois de usar! Estaria me expondo a um elevado risco de contaminação”, sabe a estudante Daniela Gomes.
Para a esteticista Estela Rosa, da Clínica Nova Estética, no Largo do Machado, a realidade verificada nas academias retrata a pouca ou nenhuma preocupação dos homens com a saúde da pele. “Estamos diante de uma questão cultural. Na clínica, por exemplo, a cada 10 clientes, apenas um é do sexo masculino, e a procura ocorre sempre em casos extremos”, relata. Nas clínicas de estética, o tratamento mais procurado por homens é o de face, seja para terminar com manchas, cicatrizes ou acne.

Fonte: CONFEF