domingo, 17 de fevereiro de 2013

Os riscos da atividade física sem orientação profissional

Entenda o perigo e mude seus hábitos

Fala-se muito dos riscos da automedicação, que é uma prática perigosa, já que pode levar até a morte.
Infelizmente as pessoas ainda insistem em tomar remédio por conta própria, fazendo o mesmo com a atividade física. Muitos sabem da importância de exercícios na vida diária, mas esquecem que eles não têm formação científica para montarem seus próprios treinamentos, seja uma simples caminhada ou qualquer outra modalidade que escolha praticar. O grande problema, é que isso pode custar caro ao corpo. Sair por aí fazendo exercício sem saber sua função e como usufruir dele da melhor maneira, pode acabar causando sérios problemas de saúde.
O exemplo mais comum é a caminhada. Se observarmos, muitas pessoas caminham de forma errada no que diz respeito à intensidade e à postura adequada para obter benefícios ao corpo, e há anos fazem isso da mesma forma. O resultado disso, é que o corpo não sofre mais efeito, nada muda. Por isso, um profissional de educação física é de suma importância, pois ele vai te orientar da maneira correta a praticar o exercício ideal para seu objetivo, com uma programação organizada de todas as etapas necessárias para que você realmente obtenha os benefícios, lembrando que pessoas que praticam atividade física sem orientação de um profissional correm o risco de obter uma lesão, que vai desde uma simples distensão muscular até mesmo um problema mais grave que envolva articulação, coluna, etc.
COLABORADOR PROFESSOR GERALDO FILHO
Professor de educação física
Cref 000877
 
Texto retirado do site: www.revistalis.com.br

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Treinamento funcional conquista cada vez mais adeptos nas academias


Foto: Ricardo Duarte / Agência RBS
 
Promessa é de um corpo saudável para enfrentar os desafios do dia a dia e banir as limitações do envelhecimento.

Esqueça os pesados aparelhos de musculação ou horas intermináveis de aulas que mais parecem uma tortura. O método do futuro, quando se fala em malhação eficaz e nada monótona, tem um nome e sobrenome: treinamento funcional. Como o termo diz, o objetivo é que o corpo mantenha sua funcionalidade. Em resumo, é preservar a capacidade de executar os movimentos do dia a dia, que vão desde sentar e levantar até alcançar um pote de biscoitos no alto da prateleira. A técnica ganhou imensa notoriedade nos últimos anos por ter sido eleita para esculpir o corpo de celebridades como Juliana Paes, Deborah Secco e Jennifer Lopez, bem como para turbinar o desempenho de atletas de alta performance, como jogadores de futebol e de tênis, nadadores e lutadores de MMA (Artes Marciais Mistas, popularizada por Anderson Silva).
Enquanto os exercícios localizados, como a musculação, estimulam os músculos de forma isolada, no modelo funcional o treino é dinamizado com a ajuda de aparelhos simples, como bolas, elásticos, pesos e pranchas. O educador físico Christian Krause (que aparece na fato da matéria), da academia Porto do Corpo, diz que um dos grandes benefícios é o ganho de consciência corporal:
— Os resultados vão de maior força e equilíbrio à propriocepção, que é a percepção do próprio corpo, incluindo a consciência da postura, do movimento, das partes do corpo e das mudanças no equilíbrio.
Também é possível gastar energia — e muita energia — em uma das aulas, que duram de 45 a 60 minutos. O valor médio da mensalidade gira em torno de R$ 180, com aulas duas vezes por semana. Dependendo do nível de treinamento e intensidade, são queimadas de 400 a 800 calorias
A personal trainer Márcia Refinski, da academia MR Fitness, em Porto Alegre, garante que qualquer pessoa, em qualquer idade e perfil, está apta para se beneficiar deste tipo de treinamento:
— O programa apenas precisa ser ajustado para cada condição física. E, é claro, é preciso de regularidade: no mínimo duas vezes por semana, fazendo parte da rotina de exercícios. Defendo que ele não substitui a musculação, e sim complementa.
Um dos instrutores da academia Cia. Athletica de Porto Alegre, Gabriel Azambuja, afirma que a região central do corpo (chamada de core, composta por 29 músculos que sustentam o complexo quadril-pélvico-lombar) é a mais trabalhada:
— Tudo se baseia no fortalecimento desta estrutura, que é o centro de produção de força e da geração de estabilidade, além da manutenção do alinhamento postural — afirma o professor.
A fisioterapeuta Cláudia Joffre, do Vitta Exercício e Clínica de Saúde, lembra de outro benefício:
— Para a correção de vícios posturais, é excelente. Como exige um trabalho de concentração maior, ativa mais áreas do sistema nervoso central. Além de tudo, é bom para a mente.
O que é treinamento funcional
O nome treinamento funcional é autoexplicativo: vem traduzido do inglês (Functional Movement System — Sistema de Movimentos Funcionais). É uma proposta criada pelo fisioterapeuta americano Gray Cook e pelo educador físico Lee Burton há mais de uma década. A proposta básica é fazer com que os movimentos feitos pelo corpo sejam corretos por meio de exercícios que usam o desequilíbrio com objetos como a bola medicinal, o bosu (meia bola) e elásticos, para recrutar um número maior de fibras musculares na execução do mesmo exercício, que é feito em um lugar plano. O principal aparelho, porém, é o peso do próprio corpo.
 
Principais benefícios
Os exercícios do treinamento funcional focam em cadeias musculares, são bem variados e envolvem força, equilíbrio, agilidade, consciência corporal, entre outros fatores. Praticantes afirmam que ganham maior massa muscular, melhor performance e disposição nas atividades diárias. O corpo passa a se movimentar melhor e com mais equilíbrio. Além disso, é excelente para prevenir lesões — por isso, caiu no gosto de treinadores de atletas de elite das mais diversas modalidades.
 
Quem pode praticar
Qualquer pessoa, independentemente de idade ou gênero. O que diferencia o treino de uma pessoa para outra são os exercícios e o grau de dificuldade destes para atingir o objetivo. Os exercícios são definidos de acordo com as necessidades e capacidades do aluno.
Você sabe o que é o core?
O conjunto de 29 músculos que se estendem da porção logo abaixo do peito até a base da cintura é a "região de ouro" do treinamento funcional. Os músculos que se encontram nesta área específica são responsáveis pela estabilização da coluna vertebral e, do ponto de vista fisiológico, é o mais importante do organismo. O core (termo em inglês que significa "centro" ou "miolo") é dividido em dois grupos: do primeiro, fazem parte os músculos mais profundos, cuja função é manter a estabilidade da coluna lombar. O segundo é composto dos músculos globais, que ficam mais na superfície e são responsáveis pela flexibilidade da região — além de darem a aparência de "barriga de tanquinho" tão desejada.
O treinamento do core é preconizado por todos os treinadores de atletas de alto rendimento, como os jogadores de futebol, lutadores e maratonistas. Isto porque ele tem tudo a ver com performance: quanto mais forte a região, maior a eficiência dos movimentos e menor a quantidade de lesões.