terça-feira, 22 de novembro de 2011

Menor esforço


Na contramão das mega-academias, espaços pequenos de malhação ganham mais adeptos.

Além de ter um personal trainer, muitos cariocas buscam também um "personal espaço". Assim podem ser chamadas as miniacademias de ginástica que estão abrindo pela cidade e, na contramão das mega-academias, ganhando alunos que primam pela exclusividade. É possível malhar sozinho (ou em grupos de até quatro pessoas) com o mesmo professor e, em alguns casos, até ouvindo a sua própria música. Para algumas pessoas, especialmente as que sofrem com problemas como dor na coluna ou no joelho, é uma forma de ter um acompanhamento mais apurado e evitar novas lesões. Para outros, uma solução para não perder tempo e entrar em forma mais rapidamente. No geral, esses estúdios têm aparelhos e acessórios similares aos das grandes academias, mas salas menores.
O Studio Phoenix Training é o mais novo a entrar para este grupo. O espaço de 175 metros quadrados dividido em dois andares foi inaugurado há três meses no Recreio. À frente do pequeno negócio, o professor de Educação Física Alexandre Veiga (CREF 026761-G/RJ) tem 60 alunos matriculados, muitos egressos de academias mais movimentadas. Ele mesmo atende todos individualmente ou em pequenas turmas, sempre com hora marcada.
— Por ter toda a atenção voltada para uma pessoa, uma hora de exercícios rende bem mais, porque dá para fazer um trabalho intenso, Como as pessoas estão sempre sem tempo, é uma grande vantagem — explica Alexandre.
O que mais atraiu a aluna Thayana Vieira, estudante que frequenta o lugar duas vezes por semana, foi poder fugir do burburinho das salas de musculação lotadíssimas.
— Não precisa entrar em filas para usar os equipamentos e não tem música alta — diz Thayana. — Além disso, pago menos do que quando pagava o personal mais a academia.
O custo de malhar num local como estes pode ser mesmo menor, para quem não abre mão de um personal, que cobra em torno de R$ 70, R$ 80 por dia — e a mensalidade numa academia grande não costuma sair por menos do que R$ 150.
No Studio Phoenix, por exemplo, o custo mensal é de R$ 200, com duas aulas por semana. Mas não é uma regra.
Na NB Fit, academia nesses moldes aberta em Ipanema há pouco mais de um ano, cada aula custa entre R$ 96 e R$ 120. Grande para os padrões, ela tem um salão de 270 metros quadrados, e só atende um aluno por professor. A publicitária Flavia Cetra conta que a idéia do negócio surgiu quando treinava com a supervisão do personal Guilherme Noira (CREF 018437-G/RJ). Os dois acabaram virando sócios e hoje têm uma equipe de 15 professores. Os alunos passam por uma avaliação de duas horas antes de Guilherme montar o programa de exercícios. Nos horários mais tranqüilos, pode-se escolher até a trilha sonora do lugar.
— É um público que foge daquela música alta comum nas mega-academias. Muita gente aqui prefere ouvir bossa nova enquanto malha — conta Guilherme.
Ipanema tem ainda outras academias nesse padrão, como o Studio Espaço Corpo, que ocupa 40 metros quadrados dentro de uma galeria, com mensalidades a partir de R$ 396.
Um dos primeiros lugares a investir num atendimento personalizado, porém, fica no Leblon. Fernando Rosenbaum (CREF 004412-G/RJ) usava um quarto no apartamento da mãe para atender seus alunos, até que ela se mudou para uma casa menor e ele resolveu alugar uma salinha para continuar o trabalho. Isso foi em 2004 e hoje ele conta com três salas, onde cobra, por mês, R$ 455 para duas vezes na semana e R$ 630 para três.
— Quem mais procura meu trabalho são pessoas que não conseguem ficar muito tempo na academia e acabam se sentindo mais motivadas num ambiente menor e com atendimento mais personalizado.

Fonte: CONFEF

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